Fórmula 1
Ferrari apresenta carro ainda mais vermelho para buscar título
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emAté mesmo o halo, nova peça de proteção frontal de cockpit que será utilizada por todas as equipes a partir desta temporada, foi todo pintado de vermelho, cor que só não está presente em detalhes discretos do visual do modelo, como no símbolo da própria montadora e da parceira Shell, que fazem o amarelo aparecer na carenagem. Já na parte superior traseira do monoposto as cores da bandeira da Itália são retratadas de forma sutil.
As bases do SF70H também foram mantidas para a construção do monoposto deste ano da Ferrari, mas a equipe promoveu mudanças significativas no chassi, com o carro passando a ter uma maior distância entre eixos do que o seu antecessor e também dutos laterais mais agressivos para facilitar a passagem do ar.
O novo modelo ainda ganhou um revisado sistema de resfriamento do motor e atualizações aerodinâmicas para se tornar mais competitivo do que foi em 2017, quando a equipe italiana viu seus carros serem superados em desempenho principalmente nos circuitos mais rápidos do calendário da F-1.
Essas mudanças introduzidas para o carro de 2018 também levaram em conta a experiência adquirida no ano passado naquela que foi primeira temporada em que a Pirelli passou a adotar a utilização de pneus traseiros mais largos para as equipes. E o novo modelo fará a sua estreia na pista neste domingo, em um sessão de filmagem no circuito de Barcelona, onde os testes coletivos da pré-temporada serão iniciados na segunda-feira.
O alemão Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, que voltarão a formar uma dupla de campeões mundiais em 2018, participarão do evento marcado para domingo na Espanha. E o finlandês exibiu otimismo ao projetar o desempenho do carro antes de testá-lo na pista pela primeira vez. “O carro parece legal e, normalmente quando parece legal também há velocidade”, disse o piloto durante a apresentação oficial desta quinta.
Vettel, por sua vez, mostrou ansiedade para guiar o modelo SF71H “Nós não podemos esperar para sair com o carro para a pista e ver como desempenha e como se comporta”, disse o quatro vezes campeão do mundo pela Red Bull, com títulos seguidos entre 2010 e 2013.
O alemão ganhou cinco corridas na temporada passada, mas também sofreu com o desempenho da Ferrari em circuitos mais velozes. Assim, amargou junto com a equipe a ampliação de um jejum, sendo que a última vez que o time de Maranello faturou um Mundial de Construtores da F-1 foi em 2008, quando viu a taça de campeão de pilotos escapar na última curva do GP do Brasil.
Aquela prova, a derradeira daquela temporada, foi vencida pelo então ferrarista Felipe Massa. O brasileiro esteve muito próximo de levar o título, mas o inglês Lewis Hamilton triunfou ao garantir o quinto lugar no finalzinho da corrida e somar a pontuação mínima suficiente para conquistar o campeonato pela McLaren.
Antes de Ferrari e Mercedes nesta quinta-feira, Haas, Williams, Red Bull, Sauber, Renault e Toro Rosso (esta última apenas virtualmente antes da apresentação oficial) exibiram, nesta ordem, os seus novos carros para o próximo Mundial, que começa no dia 25 de março, data do GP da Austrália, em Melbourne.