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Taça Rio

Juiz e auxiliar do ‘jeitinho’ para Fla vencer são suspensos

Publicado

Autor/Imagem:
Mário Camargo

A Comissão de Arbitragem da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) anunciou nesta segunda-feira o afastamento do árbitro João Batista de Arruda e do auxiliar Luiz Muniz de Oliveira por causa de pelo menos dois erros que considerou graves durante o clássico entre Flamengo e Botafogo, no último sábado, no Engenhão, pela terceira rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca.

No caso, os dois erros acabaram beneficiando o time rubro-negro. Um deles foi a não marcação de um impedimento por parte de Luiz Muniz de Oliveira no lance do gol marcado pelo zagueiro Rhodolfo, que estava em posição irregular, e acabou definindo o resultado de 1 a 0 no confronto.

Este auxiliar, por sinal, é o mesmo que não flagrou um gol marcado em posição irregular pelo volante Márcio Araújo na final do Campeonato Carioca de 2014, que acabou garantindo ao Flamengo um empate por 1 a 1 com o Vasco que rendeu à equipe da Gávea o troféu de campeão. O gol, naquela ocasião, foi marcado nos acréscimos do segundo tempo do duelo de volta da decisão.

Desta vez, neste novo erro que beneficiou os flamenguistas, Luiz Muniz de Oliveira estava mal posicionado no lance que resultou no gol de Rhodolfo. Essa é a opinião do coordenador de ensino da Comissão de Arbitragem de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Coaf-RJ), Sergio Santos, que falou sobre o lance em um programa de TV Ferj. De acordo com o dirigente do órgão, o auxiliar deveria estar mais adiantado, na linha do penúltimo defensor do Botafogo no momento do lance, e não recuado, o que pode ter impedido de flagrar o zagueiro flamenguista em posição irregular

Sergio Santos qualificou este erro do bandeira como “gravíssimo” e confirmou que Luiz Muniz de Oliveira foi afastado para um período de reciclagem antes de poder voltar a ser escalado para partidas do Campeonato Carioca.

O Coaf ainda resolveu afastar o árbitro João Batista de Arruda ao condenar principalmente o fato de que ele deixou de expulsar Everton, do Flamengo, por uma agressão ao botafoguense Leandro Carvalho. Para completar, o juiz ainda aplicou erradamente um cartão amarelo a Henrique Dourado após uma falta cometida por Jonas. E pouco depois, o mesmo volante flamenguista foi punido com outro cartão por nova falta violenta, que poderia ter lhe rendido um vermelho caso tivesse sido advertido de forma certa com um amarelo anteriormente.

O Coaf, porém, considerou certa a expulsão do atacante Vinícius Júnior, punido com o vermelho de forma direta por falta dura sobre Igor Rabello. Em seguida, o flamenguista deixou o gramado reclamando bastante da arbitragem e foi alvo da fúria de torcedores alvinegros durante a sua ida para os vestiários. No caminho até o local, uma botafoguense foi flagrada em imagens de TV xingando o atleta de “neguinho safado”.

Na súmula do confronto, porém, João Batista de Arruda ignorou o episódio de suposta injúria racial contra o flamenguista e apenas justificou o motivo da expulsão do atacante. Para o árbitro, o atleta deu um “carrinho frontal com uso de força excessiva atingindo as pernas do seu adversário”.

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