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Novo ritmo

Setor produtivo elogia Copom por nova redução na taxa de juros

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Wellton Máximo

A redução dos juros básicos da economia (Selic) para 6,5% ao ano foi uma decisão acertada e essencial para acelerar a recuperação da economia, avaliou nesta quarta (21) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em nota, a entidade comemorou a diminuição da taxa Selic para o menor nível da história.

Para a entidade, a inflação baixa e o ainda fraco desempenho da economia permitiram ao Banco Central promover um corte adicional na taxa Selic. “A redução das taxas de juros é crucial para estimular o consumo e os investimentos e garantir a recuperação da economia”, destacou o comunicado.

A CNI, no entanto, advertiu para a necessidade de continuidade das reformas estruturais que reequilibrem as contas do governo, para que os juros possam continuar baixos por longo tempo. “A manutenção dos juros baixos, o controle da inflação e o crescimento sustentado do país dependem, fundamentalmente, do equilíbrio das contas públicas”, acrescentou a nota.

Comércio – Para o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o 12º corte seguido da Selic está relacionado à lentidão na recuperação da economia. Na avaliação da entidade, a demanda contida ajudou a manter os preços sob controle, afastando a ameaça de retorno da inflação e permitindo a continuidade do afrouxamento monetário pelo Banco Central.

“O espaço para uma nova queda na taxa de juros acontece porque a inflação segue controlada e as expectativas em relação ao seu futuro estão ancoradas em patamares abaixo da meta. Além disso, a recuperação econômica em curso se dá de uma forma muito lenta, afastando possibilidade de pressão inflacionária mais à frente”, destacou o SPC Brasil em comunicado.

Segundo o SPC Brasil, os juros devem se manter em níveis baixos pelo menos até o fim do ano, mas a entidade alertou para os riscos de que as taxas voltem a subir por causa de eventuais instabilidades políticas e da demora nas medidas de ajuste fiscal. “Além da queda, a boa notícia é que as taxas de juros devem se manter em patamar baixo até pelo menos o final deste ano. É importante ponderar, no entanto, que o cenário político e a necessidade de ajustes fiscais atuam como risco a este cenário”, concluiu a nota.

Firjan – O Sistema Firjan também considerou acertada a redução da taxa de juros básica da economia. Em nota, a entidade de classe da indústria fluminense disse que o cenário atual é amplamente favorável à redução da taxa de juros brasileira.

“Por um lado, a inflação atual e a projetada para 2018 e 2019 estão abaixo do centro da meta perseguida pelo Banco Central. Além disso, as expectativas de mercado estão em queda há sete semanas consecutivas. Por outro lado, apesar do recente movimento de recuperação da atividade econômica, o crescimento do país também continua baixo”.

A nota diz ainda que “um crescimento mais robusto neste e nos próximos anos depende justamente da retomada dos investimentos, tanto em máquinas e equipamentos quanto aqueles relacionados à construção civil. E a taxa de juros é fator fundamental à recuperação destes setores. O grande desafio continua sendo retomar o crescimento, com inflação e juros baixos. Para isso, o Brasil não pode abandonar a agenda de reformas”.

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