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Londres

Professor é condenado por treinar crianças para cometer atentados

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Autor/Imagem:
Pedro Nascimento, Edição

Um tribunal britânico condenou nesta terça-feira (27) à prisão perpétua, com um cumprimento mínimo de 25 anos, um professor de religião islâmica que tentou formar um grupo de crianças para cometer atentados jihadistas em Londres. A informação é da EFE.

Umar Ahmed Haque, de 25 anos, começou a instruir 16 crianças, entre as quais a menor tinha 11 anos, para que formassem uma “milícia” capaz de atentar no futuro com armas de fogo e artefatos explosivos contra alvos na capital britânica.

O magistrado Charles Haddon-Cave, da corte penal de Old Bailey, indicou na sua sentença que Haque organizou jogos de papel e treinamentos dirigidos a instruir as crianças como terroristas. O instrutor, que ensinava religião islâmica apesar de não contar com titulação de professor, cooptou o grupo de menores em uma mesquita do bairro de Barking, ao leste de Londres, onde os pais dos menores pagavam para que assistissem a lições extraescolares.

A sentença indica que as crianças ficaram traumatizadas pelos cruéis vídeos de propaganda do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) que Haque lhes mostrava.

Mentiroso e perigoso – O condenado “é um mentiroso perigoso. É inteligente, eloquente e persuasivo, com um sorriso fácil. É narcisista e claramente desfruta do poder que exerce sobre outros”, descreve a sentença. O juiz considerou que os planos do professor para atentar contra alvos como o Big Ben e o Shopping Westfield, o maior da Europa, constituíam uma ameaça “muito real”.

Por sua parte, o delegado da unidade antiterrorista da polícia britânica Dean Haydon afirmou aos meios de comunicação que Haque é um “homem perigoso”.

“Quando agentes especialmente treinados entrevistaram as crianças, elas descreveram como Haque lhes tinha mostrado terríveis vídeos de violência extrema terrorista, incluindo execuções”, explicou Haydon. “As crianças estavam paralisadas por medo de Haque”, que “lhes disse que pairaria sobre eles um violento destino se dissessem a alguém o que estava fazendo”, relatou o delegado.

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