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Ghouta Oriental

Síria recupera último reduto ocupado por terroristas

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

O exército da Síria declarou neste sábado ter retomado o controle da maior parte de Ghouta Oriental, com exceção da cidade de Douma, a principal da região e ainda dominada pelo grupo rebelde Exército do Islã. Segundo o governo sírio, foi dado um ultimato aos oposicionistas para que deixem a área até o fim deste sábado. Há relatos, também, de que tropas sírias estão reunidas em torno de Douma para agir caso as negociações não avancem.

O comunicado oficial foi feito pouco depois de outro grupo de oposição e seus familiares terem abandonado partes no sul e no oeste de Ghoutha Oriental. Conforme uma emissora estatal de TV, 38 ônibus deixaram as cidades de Zamalka, Ein Tarma, Arbeen e Jobar levando mais de 1.700 rebeldes e civis para a província de Idlib, no noroeste do país.

Com a retomada de Ghouta, o governo sírio recupera uma grande rede de rodovias e ferrovias que ligam a capital Damasco a outras partes do país e que estavam fechadas desde 2012, quando rebeldes assumiram o controle de bairros na região leste de Damasco.

O forte ofensiva do governo sírio em Ghouta, com o apoio de ataques aéreos realizados pelo exército russo, teve início em 18 de fevereiro e vem forçando grupos de oposição a deixar a área e se dirigir a Idlib. A agência estatal de notícias Sana diz que 38 mil rebeldes e civis já migraram para a província nas últimas duas semanas, em um dos maiores movimentos migratórios no país desde o início dos conflitos na Síria, há sete anos. Outras 100 mil pessoas foram para regiões diferentes controladas pelo governo nas últimas duas semanas.

Antes do início da última ofensiva do governo sírio em Ghouta Oriental, no mês passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) estimou que aproximadamente 393 mil pessoas já tinham deixado a área em virtude do cerco de forças oficiais. Neste sábado, o representante do alto escalão da ONU na Síria, Ali Al-Za’tari, disse à emissora de TV Al-Arabiya, de Dubai, que “Idlib não tem condições de receber mais pessoas”. F

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