2 a 0
Cruzeiro reverte vantagem, vence Atlético e é campeão mineiro
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emO Cruzeiro sagreou-se campeão mineiro neste domino, 8, ao derrotar o Atlético, seu maior rival, por 2 a 0 em jogo disputado no Mineirão. O time cumpriu o dever de casa e deixou os erros do primeiro jogo da final quando perdeu de 3 a 1 para soltar o grito de campeão. O resultado foi suado. Além da pressão psicológica agregada pela dependência de somar no mínimo dois gols, a equipe já esperava bom desempenho de Otero e Ricardo Oliveira, porém, contou com a sorte e talento para “se livrar” dos rivais e manter o caneco na Pampulha.
Decisivo no primeiro jogo da final, Otero não teve a mesma tranquilidade na decisão. Seu maior rival: Edílson. Em campo, os jogadores mostravam atrito desde o início. Bastou falta do zagueiro Dedé no atacante Ricardo Oliveira para Edílson cochichar no ouvido do venezuelo e levar um empurrão. O cartão vermelho veio cinco minutos depois. Após cobrança de falta a favor do Galo, Otero acertou uma cotovelada no rosto de Edílson e deixou o time com um a menos. O jogador saiu de campo desolado.
O Cruzeiro entrou em campo com postura diferente daquela que culminou na derrota para o Atlético na ida. Dependendo de vitória por dois gols de diferença para conquistar o título, os comandados de Mano Menezes acertaram a marcação e saíram na frente logo no início. Jogando adiantado, Egídio cruzou a bola na medida para Arrascaeta chutar no centro, mas Victor fez grande defesa. No rebote, Edílson pegou pela direita, passou por Otero e lançou na cabeça do uruguaio, que abriu o placar para o Cruzeiro com apenas três minutos de jogo.
Sem espaço para sair jogando, o Atlético ficou acuado no seu próprio campo durante boa parte da etapa inicial. No banco, Thiago Larghi esboçava preocupação e foi questão de minutos até o tempo fechar. Perto da grande área, Ricardo Oliveira sofreu falta de Dedé e os jogadores celestes não gostaram, inciando um longo bate boca entre as duas equipes. O Galo só conseguiu se aproximar do gol defendido por Fábio aos 19 minutos, com falta cobrada por Cazares, que passou perto do ângulo direito.
Enquanto a torcida tentava embalar os times com músicas e festa na arquibancada, a necessidade de resultados esquentou os nervos em campo e, com apenas 21 minutos, o Atlético perdeu Otero por cotovelada em Edílson, que rendeu vermelho direto ao venezuelano. Mas a bronca deu jeito no Galo, que conseguiu segurar o jogo no meio de campo e deu mais atenção à defesa, complicando a vida da Raposa, que já começara a se prejudicar com seus próprios erros de passes.
Com um a menos, o Atlético-MG retornou com a formação inicial, enquanto Mano sacou Edílson para a entrada de Mancuello. Já no primeiro minuto em campo, o argentino recebeu bola de Thiago Neves e raspou a trave. Atento, Robinho identificou brechas na defesa alvinegra e partiu para cima. A primeira bola ficou com Victor, mas a segunda encontrou o camisa 30, que só teve o trabalho de empurrar para o fundo do gol e concluir 2 a 0 aos sete minutos do segundo tempo.
Travado na etapa inicial, o Atlético conseguiu ganhar espaços e intensificar a troca de passes com as entradas de Erik e Gustavo Blanco. Porém, os constantes erros nas chegadas ao campo do rival deixavam a equipe cada vez mais distante de marcar o gol que lhe garantiria o bicampeonato. O jogo ficou equilibrado no segundo tempo, mas a dificuldade para avançar ainda era visível no time alvinegro.
Após contra-ataques frustrados e algumas jogadas pela lateral interrompidas, Thiago Larghi lançou Róguer Guedes como carta na manga e viu o Galo ir para o tudo ou nada nos 15 minutos finais. Tranquilo, o Cruzeiro arriscou suas últimas investidas com boas chegadas de Thiago Neves, que mostrou facilidade para superar a marcação rival. O dia não estava nada fácil para o Atlético, que depois de perder Otero, ainda ficou sem Patric no minuto final por falta em Ariel Cabral. Vale lembrar que a equipe não teve expulsões durante todo o estadual. O apito final chegou com grande festa da torcida cruzeirense.