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Guerra de nervos

Irã propõe aliança a Pequim e Moscou contra americanos

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Autor/Imagem:
Bartô Granja

Na mais recente Estratégia Nacional de Defesa, o Pentágono designou a Rússia e a China “revisionistas” e o “irado” do Irã como ameaças de segurança aos Estados Unidos.

Durante uma conferência de segurança de dois dias em Sochi (balneário russo), Ali Shamkhani, secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, se reuniu com o ministro da Segurança Pública chinês Guo Shengkun para discutir as perspectivas de adoção de uma estratégia comum para Teerã, Moscou e Pequim para combater as medidas hostis de Washington. .

“Os EUA colocaram a Rússia, a China e o Irã na lista de ameaças à sua segurança nacional e implementam sanções contra os três países. Portanto, é necessário adotar uma estratégia conjunta para conter as tentativas de Washington de prejudicar esses países”, disse Shamkhani. citado pela agência de notícias Tasnim do Irã.

Shamkhani abordou a questão do terrorismo, que ameaçou a paz e a estabilidade internacional, enfatizando que os EUA e seus aliados estão tentando proteger os terroristas na Síria sob o pretexto do suposto uso de armas químicas pelas forças do governo do país na cidade de Douma.

Também nesta quinta-feira o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu às nações muçulmanas que se unam contra os Estados Unidos.

“A nação iraniana resistiu com sucesso às tentativas de intimidação dos Estados Unidos e de outras potências arrogantes e continuaremos a resistir. Todas as nações muçulmanas devem permanecer unidas contra a América e outros inimigos”, disse ele.

As declarações de Khamenei foram feitas logo após o presidente Donald Trump sugerir que algumas nações do Oriente Médio “não durariam uma semana” sem a proteção dos americanos.

As tensões entre Teerã e Washington aumentaram, já que o presidente Trump está desafiando o histórico acordo nuclear de 2015 com o Irã, assinado pelo grupo P5 + 1 – China, Alemanha, Rússia, França, Reino Unido e EUA. Trump tem repetidamente criticado o chamado acordo do Irã como o pior negócio de todos os tempos e ameaçou retirar-se unilateralmente se o acordo não fosse alterado.

Enquanto isso, outros signatários do acordo reiteraram consistentemente seu compromisso com o documento, conclamando os EUA a cumprir suas disposições e insistindo que não era negociável.

O presidente francês Emmanuel Macron disse que o acordo não deve ser abandonado antes que eles tenham algo para substituí-lo, enquanto o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia prefere preservar o texto “em sua forma atual”, ressaltando que Moscou não vê alternativa contrária.

O acordo estipula o levantamento gradual das sanções anti-Teerã, em troca do Irã manter a natureza pacífica de seu programa nuclear, prometendo não desenvolver ou adquirir armas nucleares.

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