Arábia Saudita fecha acordo com Washington para sufocar o Irã

A Arábia Saudita apoia a posição dos EUA sobre o Irã e insiste na ampliação das sanções contra o país, disse o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel Jubeir, em uma coletiva de imprensa conjunta com o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

“É necessário introduzir novas sanções em resposta ao apoio do Irã ao terrorismo, seu programa de mísseis e interferência nos assuntos dos países árabes. Apoiamos a política do presidente dos EUA [Donald Trump] em relação ao Irã, especialmente no que diz respeito à emenda acordo (nuclear), disse Jubeir.

O secretário de Estado dos EUA, por sua vez, disse que Teerã “desestabiliza” a situação na região: “Nós não fecharemos os olhos para as atividades terroristas”, ressaltou. “Se o Irã não conseguir melhorar o acordo nuclear, nós iremos retirá-lo”, disse Pompeo, observando que a política da República Islâmica “deteriorou-se significativamente após a conclusão do acordo”.

Pompeo também reiterou que a segurança da Arábia Saudita continua sendo uma prioridade para os Estados Unidos. Sua declaração vem em meio à intensificação dos ataques com mísseis trocados entre o reino e os rebeldes iemenitas Houthi.

As relações entre a Arábia Saudita e o Irã, seu principal rival na região, ficaram tensas nos últimos anos, com Riad acusando o Irã de fornecer armas, incluindo mísseis, aos rebeldes houthi no Iêmen, o que Teerã nega veementemente.

Em agosto de 2017, Trump promulgou novas sanções contra o Irã contra indivíduos que participam do programa de mísseis balísticos do governo iraniano, que “ameaça Washington e seus aliados no Oriente Médio”.

Os EUA também impuseram restrições ao Corpo de Guardas da Revolução Iraniana (IRGC), uma facção de elite das forças armadas do Irã, que Washington afirma ser responsável pela “política de apoio aos terroristas” de Teerã.

Respondendo a essas acusações, Teerã afirmou que as restrições dos EUA violavam as disposições do JCPOA, apelidado de acordo nuclear com o Irã, que estipula o cancelamento gradual de sanções em troca de Teerã manter seu programa nuclear em paz.