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Dicas de quem sabe

Conta no vermelho pode ficar azul; basta força de vontade

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Nos últimos anos, o Brasil tem vivenciado uma grande reviravolta política e econômica. O boom da economia brasileira a partir de um curto período iniciado em 2004 possibilitou aumento de crédito para milhares de brasileiros, mas também acabou concebendo uma das maiores crises da história do país.

Mas, depois de uma década como estrela mundial do crescimento econômico, a partir de 2016, com diversos países vivendo uma forte recessão, o governo resolveu segurar artificialmente a inflação, reduzindo os juros do crédito e aumentando o volume de empréstimos.

O resultado das artimanhas econômicas gerou um “buraco fiscal” no governo, desestruturando o sistema bancário com a inflação e o descontrole da oferta monetária. Diante desse cenário, o governo aumentou os juros, provocando ainda mais recessão, o que fez com que a inadimplência disparasse no país: em março deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2017, o crescimento da inadimplência foi de 3,13% – com aproximadamente 62,1 milhões de brasileiros encerrando o primeiro trimestre de 2018 com restrições no CPF

Algumas posturas básicas podem ser adotadas para amenizar o cenário vivenciado hoje pelo Brasil. O primeiro passo para os brasileiros manterem as contas no azul é consultar regularmente a situação do CPF da pessoa física no site ou aplicativo do Serasa, mantendo assim o controle de sua situação como bom pagador no mercado. Além disso, manter controle sobre as finanças é fundamental.

Confira algumas dicas concedidas por Bruno Pires de Andrade, diretor de um grupo especializado em empréstimos com garantia de imóvel ou veículo, para economizar e sair do saldo negativo:

Saiba quanto ganha e quanto gasta
Coloque todos os números no papel. Comparando salário e despesas é possível definir o que pode ser cortado para equilibrar o caixa.

Controle o orçamento familiar
Use planilhas para controlar gastos necessários e supérfluos. Dessa forma, é possível analisar as prioridades e as despesas maiores.

Acabe com o desperdício
Controlar o desperdício é essencial para economia. Pequenas medidas como desligar a televisão, a luz ou o ar condicionado, quando não for necessário, são de grande ajuda e fazem a diferença no orçamento familiar.

Corte tudo que for supérfluo
Trocar almoços e jantares na rua por refeições em casa gera impacto no orçamento. Gastos frequentes, mesmo pequenos, tornam-se um valor expressivo quando somados.

Crie o hábito de poupar
Sempre que possível, guardar um pouco de dinheiro é extremamente necessário para ajudar em situações de crise. Crie uma poupança para emergências – que não deve ser usada no dia a dia, mas sim em uma situação de aperto.

Negocie antes de comprar
Negociando o preço dos produtos que deseja comprar ou a forma de pagamento, é possível obter vantagens que ajudam a diminuir os gastos e compromissos futuros. Pagando em dinheiro, por exemplo, é possível pedir um desconto, já que não vai usar a máquina de cartão de crédito, proporcionando economia tanto para quem vende como para quem compra.

Como quitar dívidas
Apesar do cenário negativo, a economia tem dado alguns sinais positivos. A Selic, a taxa de financiamento no mercado interbancário, está no menor nível da história. Em queda desde o fim de 2016, atingiu este ano o menor índice desde que foi criada: 6,5%. No entanto, os consumidores não conseguem ainda sentir o efeito disso nos juros cobrados pelos bancos. Tanto no cartão de crédito, quanto no cheque especial, os juros seguem abusivos. Segundo o Banco Central, mesmo com uma queda de 155,8% nos juros do rotativo do cartão de crédito, que caíram de 490,3% ao ano, em março de 2017, para 334,5% ao ano em março de 2018, os juros do cartão continuam num nível muito elevado, bem acima da taxa básica (Selic).

Pagando tudo – Para fugir das taxas altas dos bancos e saldar suas dívidas de uma só vez, os empréstimos podem ser uma boa solução. Algumas modalidades de financiamento, mesmo que determinem um novo compromisso, podem ajudar os brasileiros a ficarem no azul novamente. Uma delas é o refinanciamento imobiliário, que possibilita crédito a juros baixos e prazos alongados para pagamento.

Ao recorrer a esta modalidade, é possível fazer um empréstimo deixando um imóvel como garantia e obter até 60% do valor. Com juros baixos (a partir de 1,14% ao mês) e prazo para pagamento de 60 até 240 meses, é possível utilizar esse dinheiro para quitar dívidas mais altas e que sofrem correções abusivas, além de poder usar o valor excedente da forma que for mais conveniente, como investir em um negócio próprio, o que aumentaria a fonte de renda, garantindo maior equilíbrio financeiro.

Outra possibilidade vantajosa para quem tem dívidas menores é o empréstimo com garantia de veículo. Nesse caso, o crédito será um pouco menor, mas é liberado com menos burocracia, além de oferecer juros mais baixos que outras modalidades (1,89% ao mês) e prazo de até 60 meses para pagar.

O refinanciamento é uma modalidade de crédito que permite que o consumidor renegocie as condições de uma dívida evitando que cresça e se torne impagável. “Assim, é possível trocar um débito mais caro por um mais vantajoso, com juros mais baixos. Quitando tudo de uma vez e concentrando todos os débitos em uma só parcela, fica mais fácil se organizar financeiramente”, finaliza Andrade.

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