Pagou fiança, ficou livre
Operação contra pedofilia prendeu médicos, professores, pais, avós…
Publicado
emA operação Luz na Infância 2, deflagrada nesta quinta (17), resultou ao longo do dia em 251 prisões em Brasília e 24 Estados, segundo balanço divulgado pelo Ministério Extraordinário da Segurança Pública. A ação teve como foco o combate à pornografia infantil. A operação investigou pessoas que compartilhavam ou armazenavam conteúdos relacionados a crimes de exploração sexual contra crianças e adolescentes.
Segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, mais de 1 milhão de arquivos (entre fotos, vídeos e outros documentos obtidos em ambientes virtuais) com conteúdos relacionados a crimes de abuso sexual de crianças e adolescentes foram analisados antes da operação.
Do total de prisões, 128 foram na região Sudeste, 47 no Nordeste, 38 no Sul, 21 no Centro-Oeste e 17 no Norte. Ao todo, foram expedidos 579 mandados. O ministério informou que segue monitorando a ação das equipes envolvidas, podendo haver novos números de prisões.
Todos os presos são do sexo masculino, alguns casados, com filhos e na faixa etária dos 40 anos. O mais jovem deles tem 17 anos e o mais velho, 85. Entre eles estão médicos, servidores públicos, técnicos em informática e professores.
Como o crime de armazenamento é afiançável, a maior parte pagou a fiança e passou a responder ao processo em liberdade. Já o crime de compartilhamento de imagem não permite o pagamento de fiança.
Foram apreendidos 2.627 objetos como CPUs, notebooks, pen drives, celulares, CDs e DVDs. Todos os equipamentos serão encaminhados para a perícia técnica. A operação também prendeu pessoas que acessavam sites de pornografia infantil com muita frequência. “Não é possível mais que toleremos estas situações em que crianças, extremamente indefesas, tenham imagens divulgadas de uma maneira tão ostensiva”, disse um delegado que participou da operação.