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Greve dos caminhoneiros

Governo negocia, mas deixando claro ‘quem manda’

Publicado

Autor/Imagem:
Fernando Nakagawa, Julia Lindner e Tânia Monteiro

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, disse que o governo continua aberto ao diálogo com os caminhoneiros, mas que a ordem no Palácio do Planalto é “não abrir mão do exercício da autoridade sempre que isso for necessário”.

O ministro lembrou que foi firmado um acordo entre governo e os movimentos de trabalhadores, mas que parte dos caminhoneiros não o cumpriu. Etchegoyen classificou como “menor parte de 30%” dos caminhoneiros que continua com a paralisação e que tem exercido pressão sobre os outros 70%.

A manutenção das paralisações, diz o ministro, tem prejudicado vários segmentos essenciais, como o Ministério da Saúde. “Um ponto dramático que precisa de muita atenção é o sistema nacional de transplantes que foi comprometido. Já perdemos órgãos”, disse.

Para tentar acelerar a normalização, o ministro destacou a estratégia jurídica que tem conseguido resultados, como o acolhimento pelo Supremo Tribunal Federal de pedido da Advocacia-Geral da União que estabelece multas diárias para motoristas e por hora para empresas que mantiverem caminhões parados.

Todo o esforço, disse o ministro Etchegoyen, vai “continuar durante todo o domingo e enquanto a normalização exigir”. Segundo ele, “já há muitas perspectivas no horizonte de que as coisas começam a normalizar”. “Não é rápido. Cada caminhão vai precisar de várias viagens”, disse, ao lembrar que as Forças Armadas já estão atuando e colaboram, por exemplo, na condução de veículos de transporte para suprir esse esforço de abastecimento.

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