Copa do mundo
‘O Brasil está à frente dos outros’, diz técnico da Inglaterra
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emA Inglaterra vai disputar a Copa na Rússia com um elenco formado 100% por atletas que atuam em seu país. Com apenas cinco remanescentes do Mundial de 2014, quando fracassou e foi eliminada na primeira fase, e jogadores com média de idade de 27 anos – a mais baixa desde 1962 –, o técnico Gareth Southgate admite em entrevista que o seu time não é favorito ao título.
Para ele, Brasil e Alemanha estão à frente dos adversários. O inglês, inclusive, rasga elogios ao time de Tite. “A seleção brasileira possui bons atletas, boa proteção para a defesa e um meio-campo muito forte. É um dos times a ser batido.” Os empates com Brasil e Alemanha, nos amistosos de novembro, no entanto, animam Southgate para o Mundial.
Qual é a sua expectativa em relação ao desempenho da Inglaterra na Copa do Mundo?
Estamos nos recuperando de duas eliminações nas últimas competições. Não passamos da fase de grupos na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e perdemos o primeiro jogo eliminatório na Eurocopa de 2016, na França.
Então, ainda estamos tentando reconstruir a confiança do time e do país dentro da perspectiva do futebol. Nos classificamos para o Mundial razoavelmente bem, mesmo sem jogar no estilo que gostaríamos. Agora, incluímos alguns jogadores jovens no grupo e estamos animados em ver até onde eles podem ir. É difícil pra mim dizer exatamente quão longe podemos ir porque alguns jogadores disputarão a sua primeira Copa do Mundo, mas estamos realmente empolgados para os próximos anos.
Qual é a sua opinião sobre o Grupo G? A Inglaterra é a favorita na chave?
Pelo sistema do ranking da Fifa, é provavelmente um dos grupos mais difíceis da Copa. A Bélgica é a terceira colocada, nós somos 13.º e a Tunísia está apenas uma posição atrás. Quando o sorteio foi feito, todos disseram que era um grupo confortável para a Inglaterra, mas futebol nem sempre funciona assim. Claro que a Bélgica é a favorita. O time vem bem nos últimos torneios e, por isso, é o jogo que estamos de olho.
Você acredita que teremos um confronto de estilos nos jogos do Grupo G entre Bélgica, Panamá, Tunísia e Inglaterra?
Definitivamente são diferentes estilos de jogo e também de possibilidades de formações táticas. Essa é a beleza de uma Copa do Mundo, você enfrenta times de diferentes continentes e estilos. Acho isso importante, porque se todo time jogasse da mesma maneira, o futebol não seria tão excitante.
Quais são as seleções favoritas ao título na Rússia?
Alemanha e Brasil estão no topo do ranking da Fifa porque jogaram bem no passado e estão jogando bem agora. Enfrentamos ambas as seleções em novembro e sentimos que fomos competitivos nos dois jogos. Foram grandes testes para nós. Alemanha e Brasil estão à frente dos adversários por já terem os seus times estabelecidos e foram bem na Olimpíada e na Copa das Confederações. Então, o nosso desafio é justamente encarar esses times.
Qual é a sua avaliação da seleção brasileira, após aquele amistoso de novembro?
O Brasil é muito forte, está estabelecido num esquema 4-3-3, possui jogadores excepcionais individualmente e também é muito forte defensivamente. A seleção brasileira possui bons atletas, boa proteção para a defesa e um meio-campo muito forte. Sabemos da qualidade do time e do elenco. O Brasil é um dos times a ser batido, com certeza.
Você acredita que teremos algum tipo de inovação tática na Copa do Mundo?
Sempre há times que tentam coisas novas, diferentes maneiras de jogar. Então, de novo, isso é muito bom para a Copa. Vamos ver jogadas ensaiadas em faltas ou escanteios e diferentes aproximações do jogo. Quando se analisa os times que se classificaram, já podemos ver diferentes estilos.
Quem vai ser o melhor jogador da Copa?
Esperamos que seja um jogador inglês, mas é sempre muito difícil fazer esse tipo de afirmação porque muitas vezes o jogador pode ter uma temporada fantástica em seu clube, mas quando chega na Copa ele não mantém o nível. Existem também jogadores que não tiveram uma temporada muito boa, talvez não tenham disputado muitos jogos, e chegam mais descansados à Copa.
Neymar está no mesmo nível de Messi e Cristiano Ronaldo e pode ser eleito o melhor jogador do mundo?
Bem, é possível. Ele deve estar descansado, mas é claro que vai ter de voltar a ter condição de jogo, que é sempre um desafio para todo jogador quando fica um longo período sem atuar. Neymar é um jogador excepcional individualmente, não há dúvidas sobre isso, e a Copa será melhor com ele.