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Formatura do barulho

Escola corta microfone de aluna que denunciava assédio

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Uma formanda da Califórnia, nos Estados Unidos, teve seu discurso de formatura cortado quando tentou falar sobre casos de assédio ocorridos na escola. Lulabel Seitz foi uma das vítimas e se disse descontente com a resposta da instituição.

“Mesmo tendo estudado em uma escola onde algumas pessoas defendem assediadores sexuais e silenciam suas vítimas, não deixamos isso nos colocar para baixo”, dizia Lulabel quando teve seu microfone desligado durante a formatura dos alunos da Petaluma High School nesse sábado, 9.

Ela contou ao Buzzfeed News que gostaria de falar sobre as experiências boas e ruins que viveu na instituição. Isso incluía discutir sobre sua insatisfação com o medo como a escola lidou com casos de assédio sexual que ela e outras meninas sofreram.

Contudo, como ela era obrigada a submeter seu discurso para aprovação, a instituição acabou vetando o assunto, mas permitiu que ela citasse uma greve de professores.

Lulabel estava conformada, até que leu um discurso de Martin Luther King no qual ele dizia: “A pior tragédia não é a opressão ou a crueldade das pessoas más, e sim o silêncio das pessoas boas”.

“Eu não abordaria o assunto porque eles me assustaram com ameaças. Mas eu pensei que se eu não defendesse a mim nem às outras meninas, quem defenderia? Foi uma decisão moral que eu tive de fazer”, contou.

No dia da formatura, muitas das formandas pediram para que a escola deixasse que Lulabel terminasse o discurso, mas não tiveram sucesso. Por isso, ela gravou seu discurso na íntegra e postou no YouTube.

“Nossa classe mostrou repetidamente que podemos ser parte de uma nova geração, mas não somos jovens demais para nos defender, sonhar e gerar mudanças”, falou no vídeo completo.

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