Os goleadores
Bélgica brinca de perder gol e só deixa 5 na rede da Tunísia
Publicado
emO toque de bola dos belgas deixou os tunisianos na roda. Esse o resumo da primeira partida deste sábado, 23, em que a Bélgica goleou a Tunísia por 5 a 2. E o placar não foi mais dilatado porque a equipe europeia parece ter brincado de perder gols.
Romelu Lukaku provou durante a partida que é um dos candidatos a conquistar a artilharia da Copa do Mundo. Com classe, precisão e presença de área, marcou dois gols ainda no primeiro tempo. Além dele, o meia Eden Hazard também fez excelente partida e marcou outros dois gols da equipe, que no fim ainda balançou as redes com Batshuayi.
Com o resultado, os belgas carimbaram a passagem para as oitavas de final. Já os tunisianos dependem de uma improvável combinação de resultados para alcançar a segunda fase da competição.
O jogo começou em ritmo acelerado e, logo aos quatro minutos, o meia Hazard, outro craque do time, entrou na área pelo lado direito e só foi parado com uma falta grotesca de Syam Ben Youssef. Aos seis, ele mesmo bateu e abriu o placar, para a festa da torcida da Bélgica.
A Tunísia, ao menos, mostrava coragem de atacar. O problema é que as jogadas ofensivas eram construídas mais na base da valentia e da coragem do que no pensamento e na habilidade. Com isso, espaços foram se abrindo em meio à linha defensiva do time Aos 15, Mertens roubou a bola no meio do campo e tocou para Lukaku que, em velocidade, bateu no canto esquerdo, sem chance para o goleiro Ben Mustapha.
A coragem tunisiana foi recompensada dois minutos depois. Aos 17, o capitão Khazri levantou falta dentro da área pelo lado esquerdo, Bronn subiu mais que a zaga e testou firme no canto esquerdo da meta, sem chances para Courtois.
A partir daí, a partida ficou mais pegada, com maior marcação. Até o final da primeira etapa, a Bélgica tocou melhor a bola e até chegou com algum perigo à meta da seleção africana. O time ainda perdeu dois jogadores lesionados, mas mesmo assim parecia ter corrigido os erros de marcação. Parecia. Aos 47, Maaloul saiu jogando errado do campo de defesa e entregou a bola de presente para Mounier, que tabelou com De Bruyne e recebeu na entrada da área. Depois, viu Lukaku passar por trás dos zagueiros e tocou na medida para o artilheiro, que na saída do goleiro apenas tocou por cima, sutilmente. Um belo gol.
O segundo tempo começou da mesma forma que o primeiro, com a Bélgica se impondo na base da qualidade de seus jogadores. E não demorou muito para ampliar o placar. Aos seis minutos, De Bruyne deu uma aula de lançamento – colocou a bola por cima da zaga, no chamado “ponto futuro”. Hazard apareceu por trás da zaga, cortou o goleiro e só empurrou para o fundo do gol.
Depois disso, o técnico da Bélgica, o espanhol Roberto Martinez deu um descanso para as suas estrelas e Lukaku e Hazard deixaram o jogo para a entrada de Fellaini e Batshuayi, mas o panorama não mudou. Os belgas continuavam envolvendo as duas linhas de marcação da Tunísia e quase chegaram ao quinto gol aos 33, quando Carrasco acertou belo chute de fora da área, o goleiro Ben Moustapha espalmou nos pés de Batshuayi, que, de dentro da pequena área, bateu no travessão.
Batshuayi teve outra grande chance de gol aos 35, quando Kevin De Bruyne fez ótima jogada pela esquerda e tocou para o atacante chutar forte, para excelente defesa do goleiro.
No fim, o jogo permanecia no mesmo cenário, mas de tanto insistir, Batshuayi fez o dele. Tielemans partiu pela direita do ataque e levantou na medida para o atacante chegar escorando, mais uma vez por trás da zaga, e mais uma vez sem chances para o goleiro.
Só que ainda tinha mais. Nos acréscimos foi a vez da Tunísia ir para cima e o time conseguiu descontar. Naguez partiu pela direita e cruzou para Khazri tocar de mansinho no canto direito do goleiro Cortuois.
Bom para a Bélgica, que com um saldo de sete gols positivos após duas rodadas, só não jogará por um empate na última partida para terminar a primeira fase na liderança do Grupo G se a Inglaterra vencer o Panamá neste domingo por cinco gols de diferença.