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Cuê da Porsche

Panamera Turbo mescla os lados elegante e eletrizante

Publicado

Autor/Imagem:
Thiago Lasco

Poucos veículos oferecem uma combinação tão irresistível como o Panamera Turbo. Ao reunir características de sedã de luxo e esportivo, esse Porsche seduz o motorista em diversas situações. E recompensa regiamente quem se dispõe a desembolsar os R$ 981 mil iniciais.

A cabine é uma boa síntese das várias vocações do modelo alemão. Os bancos do tipo concha têm desenho esportivo. Mas os revestimentos em sóbrias tonalidades de couro (preto, marfim e caramelo) entregam a sofisticação esperada em um carro dessa faixa de preço.

O visual do painel é enxuto e elegante. Boa parte dos controles migrou para a tela central de alta definição de 12,3 polegadas. Além dos comandos habituais do ar-condicionado, sistema multimídia e navegador GPS, por meio dela dá para ajustar a altura da carroceria, mudar o som que sai do escapamento e configurar os diversos sistemas eletrônicos de assistência.

Os instrumentos mesclam conta-giros e velocímetro analógicos com uma tela digital. O conteúdo dessa tela pode ser selecionado por um botão no volante.

Quatro pessoas viajam com conforto de sobra. Atrás, mesmo passageiros altos dispõem de bom espaço para cabeça e pernas. Há dois bancos individuais com ajustes elétricos. Eles são separados por um console central, no qual ficam os comandos do ar-condicionado (separados para cada ocupante). Cada passageiro também tem seu porta-copos e sua entrada USB.

Se nas ruas o Panamera Turbo agrada pela quantidade e qualidade de mimos a bordo, na pista o Porsche revelou seu lado nervoso. O motor 4.0 V8 biturbo mostrou o que 550 cv de potência e 78,5 mkgf de torque podem fazer.

Aliado ao câmbio automatizado PDK de dupla embreagem, que substitui o Tiptronic S nas linhas Panamera, Macan, 911 e 718, garante aceleração brutal e no mesmo nível da de esportivos puro-sangue: 0 a 100 km/h em meros 3,6 segundos, de acordo com a Porsche. As trocas de marcha ocorrem de forma quase tão rápida quanto o nível de adrenalina do motorista.

Em um pulo, o Porsche passa dos 200 km/h – e, se não fossem as curvas do Autódromo de Interlagos, iria bem mais longe, já que a velocidade máxima é de 306 km/h.

As respostas diretas de direção e suspensão e a presença do controle de estabilidade transmitem segurança. O carro “veste” o motorista, em que pesem suas grandes dimensões.

Para quem quiser mais emoção, há os modos de condução Sport e Sport +, que ajustam mais de 20 variáveis e apimentam o desempenho. Há ainda a tecla Sport Response, que faz as turbinas trabalharem com pressão máxima por 20 segundos, dando injeção extra de fôlego em momentos cruciais, como ultrapassagens.

Ao mesmo tempo, o Panamera não parece ser cansativo fora das pistas. O rugido do motor não se impõe o tempo todo e, em situações que exigem baixa potência e torque, quatro dos oito cilindros são desligados para poupar gasolina.

Só não dá para esperar que o mesmo rodar macio percebido na pista lisa se repita nas ruas das grandes cidades brasileiras. Como a suspensão tem ajuste bem firme, voltada à esportividade, qualquer irregularidade do piso será repassada aos ocupantes do Panamera Turbo.

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