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‘Quero ser candidato, mas só se você der seu voto’. De um gaúcho

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Um candidato a deputado estadual no Rio Grande do Sul decidiu inovar e anunciou que só concorrerá em 5 de outubro se receber o apoio dos eleitores. Vereador de Porto Alegre em terceiro mandato, Bernardino Vendruscolo, do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), registrou a sua candidatura na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa, mas condicionou a efetiva participação às manifestações de apoio que receber. Ele inclusive fixou um prazo para a definição: a próxima terça-feira, dia 12 de agosto.

“A decisão de concorrer vai depender do apoio efetivo que poderei receber dos nossos vereadores, das diretorias das Executivas Municipais e dos nossos filiados”, explicou o candidato em comunicado aos integrantes do Pros. Já em material distribuído aos eleitores em geral, Vendruscolo diz “querer louvar a campanha de moralização da política”.

Por isso, afirmou que não receberá doações de terceiros e fará campanha com baixo custo, usando recursos próprios. “E por esse motivo é muito importante que você declare a sua opinião. Minha decisão dependerá do número de apoios que terei”.

Relacionar a candidatura à adesão dos eleitores não é um movimento comum na política. Porém, muitos candidatos, em especial de cargos da majoritária – governadores, senadores e prefeitos, utilizam esse apoio voluntário como um empurrão para consolidar os seus nomes dentro dos partidos. O Rio Grande do Sul vivenciou um caso similar recentemente. O candidato ao Senado pelo PT, o ex-governador Olívio Dutra, não pretendia participar da eleição deste ano. Em maio, surgiram especulações relacionando o seu nome à disputa, que receberam força e adesão popular, em especial nas redes sociais. Após uma grande movimentação nos bastidores, o PT confirmou Olívio como candidato ao Senado.

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