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Confidência dominical

Saída de Jofran Frejat é sinal verde para limpar Brasília

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

O comunicado de Jofran Frejat, agora ex-pré-candidato ao GDF, causou surpresa a muitos que consideravam sua ameaça de abandonar as eleições um mero blefe. Menos para outro pré-candidato, o general Paulo Chagas (PRP). No domingo, 22, quando desembarcava no Aeroporto JK, vindo do Rio de Janeiro onde participou da convenção do PSL de Bolsonaro, o general foi abordado por Frejat que aguardava um passageiro.

Na conversa reservada ele deixou claro os motivos que o fariam desistir do pleito: o balcão de negócios em que o Diabo transformou o Partido Republicano no Distrito Federal. Estava visivelmente contrariado e dava sinais de que a sua decisão seria mesmo a de abandonar o inferno no qual se meteu.

Solidário e bem informado, Paulo Chagas se limitou a consolá-lo, imaginando que se a saída de Frejat fosse confirmada, então o caminho estaria aberto para a renovação política em Brasília, sem o Satanás pai e os diabos filhotes que levitam em torno do atual PR.

O mais importante no enredo das trevas, foi a exposição das vísceras do partido que hospeda nomes que frequentam quase todo o Código Penal. Não só políticos ex-presidiários, mas assessores, ex-secretários de governo, empresários, fornecedores e lobistas da velha política.

Frejat abriu a janela e o sol invadiu as catacumbas que escondiam uma trama que nem Sergio Moro poderia imaginar. As dezenas de criminosos que apostavam no conto do Chapeuzinho Vermelho para voltar ao crime a partir do dia 1º de janeiro de 2018, agora estão órfãos.

O telefone de Adalberto Monteiro, presidente regional do PRP de Chagas, não parou de tocar após o comunicado. Eram partidos políticos que ficaram sem chão depois que o salvador Jofran Frejat desistiu de carregar a cruz. Sem mandato e sem dinheiro público, os delinquentes terão agora que enfrentar a Justiça como mortais comuns, porque a exposição imposta pelo bom velhinho acabou por incendiar ainda mais o purgatório.

Os candidatos proporcionais – distritais e federais – não sabem o que fazer após perderem o único nome que poderia dar sobrevida à legenda do capeta.

As próximas eleições caminham para um resultado por eliminação. Dos nomes anunciados no início do ano como pré-candidatos ao GDF, restam poucos: o próprio eneral Paulo Chagas, Eliana Pedrosa (Pros) e Rodrigo Rollemberg (PSB), que pontuam com possibilidade de crescimento ainda maior agora. Os demais aparecem quase como traço nas pesquisas, como a professora vermelha Fátima Souza (Psol), o hamburgueiro Alexandre Guerra (Novo), o apontador Izalci Lucas (PSDB)  e o pastor Peniel Pacheco (PDT). Juntos eles não alcançam os percentuais de Chagas e Eliana somados.

Entre os três primeiros com possibilidade de assumir o GDF em 2018, o campeão em rejeição ainda é Rollemberg, o que poderá eliminá-lo nos próximos dias da possibilidade de reeleição.

Mas tem um novo nome correndo por fora e que pode despontar. É o deputado federal Rogério Rosso (PSD), que tem experiência, embora curta, quando o assunto é Palácio do Buriti.

Por enquanto são especulações, mas o quadro, sem a turma de Satanás, será possivelmente esse. Ajayô!

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