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1 a 1

Duelo do Fluminense com Bahia acaba igual no Maracanã

Publicado

Autor/Imagem:
Ricardo Magatti

Pedro brilhou, mas o Fluminense não. Neste domingo, no Maracanã, o time carioca saiu na frente com um belo gol do centroavante artilheiro do Campeonato Brasileiro, mas teve atuação irregular, não conseguiu sustentar a vantagem e só empatou com o Bahia por 1 a 1, em duelo da 17.ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Pedro “gastou a bola”, como dizem no linguajar futebolístico. O centroavante, observado atentamente na partida contra o Defensor, do Uruguai, na última quinta-feira, pelos auxiliares do Tite de olho em uma futura convocação para a seleção brasileira, fez mais do que o seu papel de centroavante.

Além do belo gol de fora da área que o levou a disparar na artilharia do torneio nacional, com dez gols, Pedro participou ativamente do jogo fora da área. Deu chapéu, passe de calcanhar e outro de chaleira, colocando Matheus Alessandro na cara do gol, mas o atacante chutou para fora. Na temporada, já são 18 gols.

Nada disso, no entanto, foi suficiente para o Fluminense vencer a partida. A atuação irregular da equipe, que deu muitos espaços ao adversário, irritou os torcedores que já estava contando com a vitória, perdida nos minutos finais, precisamente aos 37 minutos, quando Edigar Junio cabeceou com precisão no canto esquerdo de Júlio César.

A igualdade impede que o Fluminense, que não vence há duas partidas, se aproxime dos primeiros colocados na tabela e mantém o time na nona posição, com 22 pontos. Já o Bahia, por outro lado, sai da zona de rebaixamento e volta a ficar na 15ª posição, com 18 pontos, um a mais que o Santos, primeiro dentro da zona da degola e que no sábado havia deixado o grupo dos quatro piores por ter empatado com o Botafogo na abertura da rodada.

O Bahia volta a jogar pelo Brasileirão contra o América Mineiro, no próximo sábado, às 19 horas, na Fonte Nova. Já o Fluminense fecha a 18.ª rodada no duelo contra o Internacional, segunda-feira, às 20 horas, novamente no Maracanã.

O Fluminense e Pedro vivem um descompasso. O primeiro tempo da equipe no Maracanã foi prova disso. O centroavante mais uma vez jogou muito bem e abriu o placar em golaço de fora da área, aos 20 minutos de jogo, mas a equipe não o acompanhou.

Na frente, Matheus Alessandro também se destacou, fazendo boa parceira com ele e Marcos Junior e, no meio, Airton, mantido como titular, melhorou a saída de bola. No entanto, os problemas estavam do meio para trás. O time do técnico Marcelo Oliveira deixou o Bahia muito à vontade em campo, com muitos espaços para incomodar e ser perigoso, mesmo jogando fora de casa.

O time visitante pressionou mais quando passou a estar atrás no placar. As principais chances saíram com os meias Vinicius e Zé Rafael. O primeiro levou perigo em cabeceio que quicou no gramado e saiu rente ao travessão. O segundo, em lance de típico do futebol de areia, matou a bola no peito e, antes de ela cair, bateu com bonito no canto superior esquerdo, mas viu Júlio César se sair melhor ainda no lance e evitar o gol com linda defesa.

A dinâmica da partida seguiu parecida na etapa final. O time baiano, atrás no placar, manteve a pressão diante de um mandante temeroso, desequilibrado, e que quando saía nos contra-ataques era afoito e errava demais nas conclusões das jogadas.

Diante desse cenário, o gol do Bahia era só questão de tempo. Ele veio quando a torcida já começava a comemorar o triunfo do time carioca. Aos 37 minutos, Élber, que entrara na vaga de Gilberto para dar mais velocidade e profundidade à equipe de Enderson Moreira, cruzou da direita na cabeça de Edigar Junio, que cutucou no canto direito, empatando a partida.

Após o gol, os baianos se defenderam bem e o que se viu foi menos futebol e mais confusão, que se deu após Airton não devolver a bola que Anderson havia colocado para fora para o atendimento de Ibañez. Irritados com a falta de fair-play do volante do Fluminense, os jogadores do Bahia reclamaram com o árbitro, que teve trabalho para acalmar os ânimos, mas não precisou expulsar ninguém.

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