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Femincídio em Brasília

Distritais querem prisão perpétua com cadeia até a hora da morte

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Autor/Imagem:
Luís Cláudio Alves e Denise Caputo - Bartô Granja, Edição

Os casos de feminicídio em Brasília saem da esfera da polícia e desembarcam na Câmara Legislativa. Lá, o problema tem sido um dos assuntos mais discutidos pelos deputados distritais. A revolta é tanta que alguns parlamentares chegam a defender uma legislação mais rigorosa, como a adoção de pena de prisão perpétua como forma de combater o crime.

Chico Vigilante (PT) diz, por exemplo, que está “estarrecido com o aumento de casos”. Ele classificou as recentes mortes de mulheres pelos maridos no Riacho Fundo e na Asa Norte como “assassinatos bárbaros”.

Segundo o distrital, a Lei Maria da Penha, criada há 12 anos para combater a violência contra a milher não está conseguindo evitar as tragédias. “É hora de pensarmos em medidas mais duras. Por princípio, sou contra a pena de morte, mas devemos começar a discutir a prisão perpétua”, sugeriu Vigilante.

Na mesma linha, a deputada Luzia de Paula (PSB) defendeu medidas mais duras contra os criminosos. “Só com medidas mais duras, teremos tranquilidade para as mulheres, que estão tendo suas vidas ceifadas diariamente”, completou.

O deputado Wasny de Roure (PT) destacou em pronunciamento mais um aniversário da Lei Maria da Penha e lamentou os recentes episódios de “humilhação e discriminação ao sexo feminino”. “Os poderes públicos precisam enfrentar de forma efetiva essa questão”, frisou.

Quem também toca na ferida é Ricardo Vale (PT). Ele prega a preparação de uma “geração melhor”, com mais respeito à mulher e equidade de gênero, por meio da educação, em especial nas salas de aula.

Vale lembrou lei de sua autoria que trata do combate ao machismo nas escolas públicas do Distrito Federal. “Estamos vendo um verdadeiro ataque aos direitos das mulheres”, afirmou da Tribuna. Ele enfatizou od diversos casos de feminicídio registrados nos últimos dias: “Tem mulher sendo atirada pela janela e morta por facada”.

Vale concluiu seu pronunciamento pedindo empenho ao governo do DF para a efetiva implementação da lei: “Só a educação pode mudar esse quadro”, sintetizou.

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