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GP da Rússia

Mercedes faz torcedor sentir vergonha em vitória de Hamilton

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Autor/Imagem:
Mário Camargo, Edição

Em circunstâncias diferentes das que está acostumado, o inglês Lewis Hamilton venceu pela terceira vez em sua carreira o GP da Rússia da Fórmula 1, neste domingo, e disparou na briga pelo título. O vencedor, provavelmente, seria o companheiro de Mercedes Valtteri Bottas, que fez a pole, mas recebeu ordem da equipe para deixar o inglês ultrapassá-lo.

A grande polêmica da corrida aconteceu na 25ª volta do Circuito de Sochi, quando o chefe da Mercedes, Toto Wolff, ordenou, pelo rádio, que Bottas, então na ponta, abrisse passagem para Hamilton, que tinha bolhas em seu pneu. A cena foi semelhante aos episódios envolvendo Michael Schumacher e Rubens Barrichello, na Áustria, em 2002, e Fernando Alonso e Felipe Massa, na Alemanha, em 2010. O inglês, então, assumiu o primeiro lugar e se manteve no posto até o final.

Pouco antes da volta derradeira, Bottas perguntou pelo rádio à equipe se a corrida terminaria como estava, com Hamilton à sua frente, e ouviu de Wolff: “Sim, falaremos sobre isso depois”.

Hamilton, que costuma vibrar muito em suas vitórias, desta vez, foi contido em razão da polêmica. As imagens da televisão flagraram o tetracampeão, meio sem jeito, pedindo desculpas ao companheiro de equipe após a corrida. No pódio, não houve festa e Hamilton chegou até a oferecer o troféu da vitória a Bottas, que, porém, não aceitou.

Sem conseguir ameaçar os carros da Mercedes, Sebastian Vettel, que vê o rival ficar cada vez mais longe na liderança do Mundial de Pilotos, fechou o pódio. O companheiro do alemão, Kimi Raikkonen, foi o quarto colocado, completando a dobradinha da Ferrari na segunda fila.

Quem brilhou, de fato, na Rússia, foi Max Verstappen, que largou na penúltima posição, punido por troca nas peças do motor. Com uma corrida de recuperação impressionante, o holandês cruzou a linha de chegada na quinta posição. O piloto da Red Bull se arriscou, tanto que só parou para trocar os pneus faltando dez voltas para o final, e teve sua ousadia premiada.

Seu companheiro de equipe, o australiano Daniel Ricciardo, que largou na última posição, também foi destaque em Sochi e chegou logo atrás, na sexta posição. Charles Leclerc colocou a Sauber na sétima posição, Kevin Magnussen, da Haas, foi o oitavo. Esteban Ocon e Sergio Pérez, da Force India, fecharam o top 10.

Restando cinco corridas para o final da temporada, Hamilton vai ficando cada vez mais perto do seu quinto título da Fórmula 1. Com o triunfo, o inglês, que chegou à marca de 70 vitórias na carreira e venceu pela oitava vez na atual temporada, abre mais dez pontos de vantagem para Sebastian Vettel, vice-líder, e fica com 291 pontos, contra 241 do alemão.

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