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Alerta da Caesb

‘Gato’ na ligação da água é como ‘gato escaldado’ que teme água fria

Publicado

Autor/Imagem:
Marcelo Nantes

Além de danos ao sistema de esgotamento, ligações clandestinas de água comprometem o abastecimento, aumentam os riscos de contaminação da rede pública e da disseminação de doenças.

O uso de instalações inadequadas repercute, ainda, no nível dos reservatórios. Na avaliação do gerente de Vistoria e Fiscalização da Caesb, Geraldo Donizeth, a utilização desregrada potencializa a redução dos volumes das barragens e, em decorrência, altera o valor da conta de água.

Donizete alerta: “A água que foi utilizada de maneira indevida também será paga, mesmo que não tenha passado por nenhum medidor”.

Na quinta-feira (8), a Caesb manteve 12 equipes no Riacho Fundo II. A fiscalização é periódica em todo o DF, conduzida por 30 equipes próprias e 8 terceirizadas.

Para vistoriar, a companhia usa sistema de fotos por satélite. Após a produção das imagens, cruza as informações com os dados do cadastro de consumo de todas as moradias do DF.

“Se houver alguma casa sem medição [de consumo], ou o imóvel está desocupado ou há alguma coisa errada. Ninguém vive sem água”, explica Geraldo Donizeth.

Quem for pego com “gato” nas instalações é notificado. A Caesb inicia processo administrativo interno para verificar o consumo indevido e os custos para instalação da rede pública. Além dessas despesas, o infrator fica sujeito ao pagamento de multa, que varia de R$ 1,6 mil a R$ 72 mil.

A fraude ou “gato”é toda infração causada propositadamente pelo usuário, com o intuito de distorcer o consumo. Portanto, também é registrada como furto, e as investigações são conduzidas pela Polícia Civil.

Para reverter uma conexão irregular de água potável ou de esgoto, o pedido deve ser feito em um dos postos de atendimento da Caesb. No final de 2017, o monitoramento da companhia estimava 42 mil pontos de consumo não autorizados em todo o Distrito Federal.

Lançar água da chuva na rede coletora de esgoto, que não foi dimensionada para esse fim, pode provocar rompimentos de rede, vazamentos e retorno do esgoto na rua e dentro das casas. A caixa de inspeção de esgoto, pelo mesmo motivo, não deve ser utilizada para escoar água pluvial.

As redes de água de chuva e de coleta de esgoto domiciliar devem ser independentes. A de coleta recolhe os resíduos do vaso sanitário, chuveiro, pias e tanque. É uma tubulação de menor porte, já que esse volume não costuma sofrer grandes variações.

Já a saída pluvial, maior, reúne a chuva e a água de lavagem que escoa por ralos e calhas. Os tubos precisam ser separados para que o esgoto seja enviado para tratamento, e as águas pluviais, para córregos, rios ou piscinões.

No entanto, algumas residências optam, irregularmente, por utilizar-se apenas de uma. O volume despejado aumenta em dias de chuva, bem como a ocorrência de objetos dentro da rede, o que provoca vazamento de esgoto nas ruas ou dentro de casa.

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