Coletes amarelos
Movimento contra Macron ganha força e coloca os pés em Paris
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emO movimento dos coletes amarelos, nascido espontaneamente há oito dias, chegou a Paris. A princípio um protesto contra a alta do preço dos combustíveis, o fenômeno acabou englobando a frustração popular diante da perda do poder aquisitivo.
As imagens da TV mostram a avenida dos Champs-Elysées tomada por pessoas caminhando, aos gritos de “Macron, demissão!”. Uma das instruções passadas pelas redes sociais aos participantes era de esconder o colete e só vesti-lo quando chegar à avenida.
As autoridades deram a permissão para que os coletes amarelos se reunissem no Campo de Marte, ao pé da Torre Eiffel. O local é amplo, sem comércio ao redor e as forças de segurança estão acostumadas a fazer vigilância na área em grandes eventos. Mas os manifestantes prometeram, pelas redes sociais, chegar a outros pontos estratégicos da capital, incluindo, justamente a avenida dos Champs Elysées, a praça da Concórdia e o palácio presidencial do Eliseu.
No sábado anterior, o movimento bloqueou estradas e acessos importantes em toda a França. Houve episódios violentos de motoristas que tentaram atravessar barreiras. Muitas pessoas ficaram gravemente feridas. Uma mulher morreu atropelada quando uma mãe tentava levar a filha ao médico e acabou entrando em pânico diante do bloqueio, forçando o carro contra os manifestantes.
A revolta também atingiu o território da Reunião, com muitos incidentes violentos. O governo adiou o aumento dos preços dos combustíveis no território, bastante afetado pela crise econômica.