Os enforcados
Está inadimplente? Comece o ano novo com o nome limpo
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emDados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) apontam que o volume de consumidores com contas em atraso e registrados em listas de inadimplentes cresceu 6,03% em novembro na comparação com igual mês do ano passado. O país encerrou novembro com aproximadamente 63,1 milhões de brasileiros com o CPF negativado em virtude de atrasos no pagamento de contas
E por que não aproveitar esse momento de maior cautela para tentar colocar as contas em ordem? O gestor de negócios Luís Antônio Menegazzo afirma que, com uma calculadora em mãos, um pouco de disciplina e determinação, quem está ‘com a corda no pescoço’ pode, sim, ficar livre das dívidas.
Veja os passos a seguir:
1 – Organização e análise
Comece listando suas dívidas e especificando (em cada uma, se for o caso), o valor total devido, o número de parcelas já pagas, o número de parcelas em atraso, as taxas de juros, etc. Se ainda não faz um acompanhamento financeiro constante essa é a hora para começar. Para isso, você pode usar uma planilha financeira, um aplicativo em seu smartphone ou, ainda, anotar tudo em um caderno. O importante é visualizar e entender melhor a forma como você está usando seu dinheiro, para conseguir, então, fazer as adequações necessárias.
2 – Calcule
É importante colocar tudo na ponta do lápis, calcular juros e demais taxas para saber o que é melhor a fazer. Uma vez renegociada a dívida ou feito um empréstimo os pagamentos devem ser feitos para que seja possível administrar tudo e não se torne uma “bola de neve”.
3 – Procure ajuda especializada
Se os números assustam, não entre em pânico. Entre em contato com sua instituição financeira, fale com gerentes, gestores, economistas. Cooperativas de crédito são uma alternativa. Elas possuem todos esses profissionais de prontidão para te ajudar na melhor forma nessas horas.
4 – Hora da renegociação
Evite intermediários, negocie diretamente com os credores e o quanto antes. Declare sua intenção de pagar e apresente sua proposta, deixando claro que é mais provável que o pagamento realmente ocorra se for dessa forma. É importante lembrar que a renegociação nem sempre é a melhor opção. É importante ficar atento aos juros e ao seu planejamento para saber qual a melhor alternativa para você.
5 – Desconfie de milagres
Segundo o SPC Brasil, 10% dos inadimplentes optam por empresas que prometem desaparecer com todas dívidas, intermediando a negociação com as entidades de proteção de crédito. Porém, a mesma pesquisa mostra que, entre os que optaram por pedir ajuda a empresas, metade não teve seu nome limpo e apenas 27% conseguiram reaver o que investiram ao pedir ajuda. Mesmo assim, se preferir optar pela intermediação de uma empresa, não deixe de verificar a confiabilidade da instituição
6 – Faça acontecer
Uma coisa precisa ficar clara: a inadimplência não vai sumir da noite para o dia e, muito menos, você não vai se livrar disso sem reorganizar seu orçamento. O que não quer dizer, necessariamente, que será o pior período financeiro já vivido. É certo que mudanças sempre são estranhas e talvez alguns cortes sejam necessários para o bem maior. Alguns exemplos: se tem um carro, comece a deixá-lo mais em casa e fazer os percursos possíveis de bicicleta ou a pé. Prefira comer e festejar em casa, convidando parentes e amigos do que ir a bares ou restaurantes. São pequenas coisas que podem te ajudar a poupar o valor de uma parcela da renegociação ou do financiamento, por exemplo.