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Família Bolsonaro

General bate na mesa. Confundem alho com bugalho

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

O Brasil não é uma monarquia e a família Bolsonaro não é a família imperial. Consequentemente, os filhos do presidente não são príncipes herdeiros e não se pode, assim, vê-los como tal. Jair, o presidente, e os filhos Carlos, Eduardo e Flávio, são donos dos seus atos e mandatos – e quiçá dos seus narizes. Se um supostamente erra, não significa que os demais serão contaminados.

Essa a opinião do general Paulo Chagas, manifestada neste domingo, 20, em texto publicado nas redes sociais. Trata-se, disse, de uma família de políticos. “Poderia ser uma família de médicos e, neste caso, os erros, os procedimentos e as decisões de uns não poderiam ser da responsabilidades dos outros”, sublinha o militar.

Nenhum dos três, lembra Paulo Chagas, é herdeiro da ‘cadeira presidencial’.

Em tom de defesa da família Bolsonaro – alvo de denúncias em diferentes escalas nos últimos dias -, o general sugere que se algum deles, no exercício do seu mandato, fizer uma besteira, poderá levar um ‘puxão de orelha’ do pai, quando chegar em casa. No mais, responderá como político perante a sociedade e, principalmente, diante dos seus eleitores.

O que não se pode, segundo Paulo Chagas, é a oposição misturar e usar essa relação “para contaminar o governo, como se os filhos do presidente fossem seus herdeiros”.

Em seu artigo, o general defende que a família do presidente “deve ser vista e respeitada como qualquer outra família brasileira. A postura de Jair Bolsonaro e do próprio governo, dando explicações e satisfações pelos atos dos filhos, dá à família Bolsonaro um status que ela não tem”.

Na avaliação de Paulo Chagas, cada Bolsonaro maior de idade deve assumir as suas responsabilidades e as conseqüências dos seus atos e omissões. Já o presidente, “mais experiente, no papel de pai, saberá orientá-los”.

O ideal, observa o general, “para o bem do governo e do futuro do Brasil, é preciso que se adote esta postura imediatamente e de uma vez por todas”. E encerra fazendo lembrar quem confunde alhos com bugalhos. Até porque, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.

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