Limpando a corrupção
BRB, sério e consolidado, não pode ser caso de polícia, diz Ibaneis Rocha
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emO Banco de Brasília, por ser uma instituição séria, forte, consolidada, não merece passar pelo que está passando. E a orientação é para que o novo presidente da estatal, Paulo Henrique Costa, trabalhe com os instrumentos necessários para que o BRB nunca mais se envolva em esquemas de corrupção.
Essa foi a tônica da reunião do governador Ibaneis Rocha com Paulo Henrique e o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10º Vara Federal. Na pauta, medidas de fiscalização que serão adotadas pela instituição para combater desvios de conduta.
As ações, segundo Ibaneris, incluem a contratação de auditorias, substituição de diretores, superintendentes e representantes do conselho de administração.
A determinação do governador é colocar à disposição da força-tarefa tudo que for necessário para concluir essa investigação no menor tempo possível, de forma a não abalar a credibilidade do BRB. “As pessoas que passaram por lá e fizeram coisas erradas e estão sendo investigadas pela polícia devem responder, mas não a instituição”, declarou.
A intenção, segundo Ibaneis, não se restringe a dar transparência para essa investigação, mas também permitir que o banco tenha instrumentos para se proteger de futuras fraudes. “Eu acho que a nossa instituição não pode se tornar um caso de polícia eterno”, afirmou.
A Operação Circus Maximus, deflagrada pela Polícia Federal no dia 29 de janeiro, apura um suposto esquema de propina e má gestão de investimentos do BRB em fundos de pensão. Segundo o Ministério Público Federal, ex-dirigentes do Banco de Brasília e empresários podem ter recebido R$ 40 milhões em propina.