Capitão de quatro estrelas
Generais afastam intrigas e dão moral a Bolsonaro
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emJair Bolsonaro irá até o fim do seu mandato. E se o governo dele corresponder às expectativas, será natural que ele dispute uma eventual reeleição.
Essa é a posição dos oficiais-generais que cercam o presidente da República. Foi manifestada a Notibras em conversas reservadas. E é chancelada pelo vice Hamilton Mourão.
O consenso é de que, se Bolsonaro recebeu aval das forças armadas para chegar ao Planalto, teve – o que é ainda mais significativo – o voto de milhões de ‘soldados’ (ativos, inativos, familiares, e reservistas) que foram às urnas consagrar seu nome.
Um desses oficiais que circula com algumas estrelas prateadas em cada ombro, justifica a unicidade da força: se Bolsonaro fracassar, respingará sobre os próprios militares, desgastando a imagem das três Forças.
Dentro desse raciocínio não teria lógica a ideia de querer promover a figura de um vice afável, responsável por corrigir supostas falhas atribuídas ao presidente.
Na verdade, Mourão age como escudo – como de resto, toda a cúpula palaciana. Não passa pela cabeça de ninguém que o exemplo de Temer seja repetido na atual administração.
O resumo é o seguinte: hoje um general presta continência ao capitão, cuja imagem incorpora a de presidente. E vale lembrar que os generais das mais altas patentes do Exército são contemporâneos de turma de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras. Isso por si só torna a relação entre eles ainda mais palatável e harmônica. E será assim até o final do mandato.
Nas 3 Forças a imagem de um capitão é revestida de especial simbologia. É a última patente que tem contato direto com a tropa. Não é à toa esta proximidade ímpar de Bolsonaro com seu eleitorado. Assim como, para exercer a presidência e a vice-presidência, lançam mão de estratégias de comando castrenses que passam despercebidas a civis, inclusive filósofos, que, neste caso, esbravejam sem conhecimento de causa.
Ou seja, Bolsonaro está bem com os militares. Quem disser o contrário, não fala pelas Forças Armadas e vai propagar intrigas. Dizer que há divergência, é fake news.