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Caiu mais um

Chanceler bate generais e muda comando da Apex

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Autor/Imagem:
Antônio Albuquerque

Os generais que têm cargos no Palácio do Planalto e no anexo – no caso, o vice presidente Hamilton Mourão – perderam a batalha que travavam com o chanceler Ernesto Araújo pelo comando da Apex. Os militares (ministros da Secretaria de Governo, GSI e Secretaria-Geral da Presidência) engoliram seco a demissão do embaixador Mario Vilalva, exonerado nesta terça, 9, pelo comandante do Itamaraty.

A disputa pela direção da Apex vinha se arrastando há mais de um mês. O primeiro presidente do órgão a ser demitido por Ernesto foi Alex Carreiro, logo na primeira semana do governo de Jair Bolsonaro.  O Planalto não foi consultado sobre a exoneração de Alex. A queda dele teria sido motivada por um ligeiro desentendimento com Olavo de Carvalho, que mesmo morando nos Estados Unidos mostra ter forte influência no governo.

Depois de Carreiro começou a disputa sobre quem mandava. Os generais queriam manter Vilalva e pediam as demissões do diretor de Gestão Corporativa Márcio Coimbra e da diretora de Negócios Letícia Catelani. Mas Ernesto Araújo mostrou que assumiu com ‘porteira fechada’. E provou, com a demissão de Vilalva, que quem dá as cartas no Itamaraty é ele.

Diplomata de carreira, Vilalva serviu em vários postos no exterior e ocupou várias posições no Brasil. No exterior, serviu nas Embaixadas do Brasil em Washington (EUA), Roma (Itália), Santiago (Chile), Lisboa (Portugal) e Berlim (Alemanha), entre outros. Ele é especialista na chamada diplomacia econômica. Ao ser nomeado para a chefia da Apex, foi definido pelo chanceler como um diplomata com “ampla experiência em promoção de exportações”.

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