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Quintal produtivo

Horta comunitária ajuda a matar a fome

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Com mais da metade da população mundial vivendo hoje em cidades, o fornecimento de alimentos tornou-se um desafio para garantir um futuro sustentável. O ritmo acelerado de consumo nos aproxima perigosamente dos limites planetários. A agricultura urbana surge, nesse cenário, como estratégia para garantir o acesso de todos a um alimento saudável e de qualidade. Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), já existem cerca de 800 milhões de pessoas envolvidas com a atividade em todo o mundo.

Desenvolvida no interior das cidades e em seu entorno, a agricultura urbana ocorre bem próxima aos centros consumidores, o que reduz emissões de poluentes, gastos com transporte e desperdício. Além disso, a prática tem como um dos desdobramentos mais importantes a possibilidade de geração de renda.

A organização não governamental (ONG) Cidades sem Fome, que atua em vários centros, é um desses exemplos de combate à fome. Segundo o presidente da instituição, Hans Dieter, as hortas comunitárias têm um tripé de objetivos: “Utilizar o espaço urbano que não está sendo usado para nenhum fim específico, transformá-lo em polo de produção de alimentos e gerar oportunidade de trabalho e renda para a população.”

A lógica é produzir “mais com menos”, explica o representante da Organização das Nações para a Alimentação e a Agricultura (FAO) no Brasil, Gustavo Chianca: “Você utiliza recursos locais, pequenos espaços, usando menos água, menos espaço”.

Já a Fiocruz Mata Atlântica aplica o conceito em projetos como o Quintais Produtivos, em várias localidades, onde moradores são incentivados a transformar o espaço livre de suas casas em pequenas hortas e comercializam o excedente da produção. Outra frente de ação da instituição é a educação ambiental. Áreas usadas para descarte de materiais ganham nova vida com a plantação de espécies alimentícias.

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