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Hong Kong

Manifestantes ocupam ruas contra regime de Pequim

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Autor/Imagem:
Bartô Granja, Edição

Milhares foram às ruas neste sábado (28) no centro de Hong Kong para, com cânticos e discursos, marcar o quinto aniversário dos protestos pró-democracia da chamada Revolução dos Guarda-Chuvas, que exigia eleições livres no território.

A manifestação convocada pela Frente Civil dos Direitos Humanos em defesa dos direitos humanos, no parque Tamar, foi aprovada pela polícia, mas, segundo a Associated Press (AP), rodeada de segurança rigorosa, com barreiras impedindo o acesso aos edifícios do governo e ao prédio do Conselho Legislativo, que havia sido invadido por manifestantes em julho, durante um protesto.

Os manifestantes colocaram uma grande faixa com a inscrição “Estamos de volta”, próximo de uma passagem para as instalações do governo. Em 2014, os manifestantes ocuparam várias ruas da cidade durante 79 dias, mas não conseguiram qualquer concessão do governo por eleições democráticas.

Pouco antes do início do protesto, um pequeno grupo de manifestantes vestido de preto, usando óculos e máscaras, tentou escalar as barricadas no exterior dos escritórios governamentais, o que levou a polícia a disparar gás pimenta.

Os manifestantes recuaram, mas voltaram a confrontar a polícia e a bater nas baias de metal, num confronto que se repetiu por várias vezes, com mais disparos de gás por parte dos agentes de seguranças, atingindo jornalistas no local.

Os manifestantes marcaram para domingo (29) comícios globais “anti-totalitarismo” em Hong Kong e mais de 60 cidades do mundo para denunciar o que chamam de “tirania chinesa”.

Na terça-feira (1º), data em que o Partido Comunista comemora o 70º ano no poder em Pequim, os manifestantes planejam uma grande marcha no centro da cidade, que se teme que possa resultar em duros confrontos.

Hong Kong tem sido abalada por grandes protestos desde junho devido a uma legislação que permitiria que suspeitos fossem enviados à China continental para serem julgados.

O governo de Hong Kong anunciou o arquivamento formal do projeto de lei de extradição no início de setembro, mas os protestos continuam.

A transferência de Hong Kong para a China, em 1997, decorreu sob o princípio “um país, dois sistemas”. Tal como acontece com Macau, para aquela região administrativa especial da China foi estabelecido um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, em nível executivo, legislativo e judiciário, com o governo central chinês sendo responsável pelas relações externas e defesa.

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