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Produtor rural

Mão na massa e na terra para reflorestar

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Carolina Paiva, Edição

A segunda etapa do projeto-piloto Sistemas Agroflorestais (SAF) mecanizados nas Bacias do Paranoá e do Descoberto, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema), já foi iniciada. O programa, implantado desde o começo do ano, tem como meta contribuir para a segurança hídrica do Distrito Federal. Ao todo, 20 hectares de SAF deverão estar consolidados até fevereiro de 2020.

“A nossa expectativa é contribuir para que cidades e estados possam também adotar este caminho, que representa um importante instrumento de desenvolvimento sustentável”, afirmou o secretário do Meio Ambiente, Sarney Filho.

Ele lembrou que o Distrito Federal, em 2017, passou por grave crise hídrica. E que, diante das mudanças do clima, é fundamental que o governo se empenhe na adoção de programas que possam aliar o cultivo adequado da terra à proteção de nascentes e de mananciais que chegam aos reservatórios.

Dando início a essa etapa do trabalho, a Sema realizou, nos dias 22 e 23 de outubro, o terceiro módulo de cursos para os novos produtores beneficiados, além de técnicos da Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri) e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

A capacitação foi realizada no sítio Semente, no Lago Oeste, onde os 31 agricultores familiares selecionados, sendo 50% mulheres, tiveram atividades práticas com preparação de canteiro e plantio de diferentes mudas e sementes. O grupo também recebeu aulas teóricas sobre implantação de agrofloresta.

Até fevereiro serão implantados 16 hectares de sistemas, sendo um na Serrinha do Paranoá, cinco na Área de Relevante Interesse Ecológico (Arie) Granja do Ipê e 25 na Bacia do Descoberto.

Mecanização
Em média, cada produtor receberá meio hectare de SAF. “O incremento da mecanização será um grande estímulo para o produtor fazer a migração dos sistemas tradicionais de cultivo, que vem comprometendo gravemente a produção de água nessas regiões, para os Sistemas Agroflorestais” afirmou a coordenadora do projeto pela Sema, Nazaré Soares.

O projeto está disponibilizando para as SAF implementos adaptados para apoiar a implantação de agroflorestas. Um deles é a enxada rotativa com subsolador, que prepara rapidamente grandes extensões de canteiros a uma profundidade de até 80 centímetros, dispensando o uso de perfuratriz para abertura de covas para plantio de árvores. Uma ceifadeira-enleiradeira permite cortar o capim nas entrelinhas entre os plantios e já o deposita na linha de plantio, servindo de matéria orgânica e cobertura do solo.

Os produtores contam ainda com um podador de altura que, puxado por trator, eleva o trabalhador com motosserra na altura da poda de árvores maiores, dispensando o uso de escadas. Do contrário, elas precisariam ser retiradas e recolocadas em cada árvore podada.

O projeto é uma iniciativa da Sema/DF em parceria com Ministério da Ciência, Tecnologia, Comunicação e Inovação, além do Projeto CitNova e a ONU Ambiente.

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