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Tudo tem um custo

Assassinato de general iraniano faz petróleo disparar

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Bartô Granja, Edição

Os contratos futuros do petróleo subiram mais de 4%, chegando a quase US$ 70 dólares o barril nesta sexta-feira (3), depois que um ataque aéreo dos Estados Unidos em Bagdá matou um dos principais chefes militares do Irã, provocando preocupações sobre a escalada das tensões regionais e a interrupção do fornecimento de petróleo.

Uma hora após a divulgação da morte do general iraniano Qassem Soleimani por agências de notícias, os preços do petróleo no mercado internacional já tinham aumentado 4%.

Às 8h19 (horário de Brasília), o petróleo Brent subia 2,95 dólares, ou 4,45%, a US$ 69,2 por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos avançava 2,62 dólares, ou 4,28%, a US$ 63,8 por barril, segundo a agência Reuters.

“Esperamos que confrontos de nível moderado a baixo durem pelo menos um mês e provavelmente fiquem limitados ao Iraque”, disse Henry Rome, analista do Irã na Eurasia.

O Iraque, o segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), exporta cerca de 3,4 milhões de barris de petróleo bruto por dia.

Segundo Cailin Birch, uma economista da The Economist Intelligence Unit, os mercados temem, sobretudo, “um conflito mais amplo”.

“A importância deriva menos da perda potencial dos abastecimentos de petróleo iraniano (…) do que do risco de que se possa deflagrar um conflito mais amplo que arraste Iraque, Arábia Saudita e outros”, disse à AFP.

Os preços do petróleo dispararam em setembro, após os ataques contra duas instalações petroleiras da Arábia Saudita que reduziram brevemente à metade sua produção de cru. Trump responsabilizou o Irã por este ataque, assim como por outros contra alguns petroleiros que circulavam pelo Golfo.

“O mercado lembra muito bem o inesperado ataque com aviões não tripulados contra a Saudi Aramco [a petroleira saudita] no outono passado”, afirmou Saltvedt.

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