Crime organizado
Justiça tranquiliza Ibaneis sobre violência
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emO ministério da Justiça e Segurança Pública respondeu, em nota, ao pedido de esclarecimento publicado pelo secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O secretário havia questionado o ‘silêncio’ de órgãos federais frente ao risco iminente de um possível ataque organizado de facções criminosas.
“Os criminosos ficam recolhidos dentro dos presídios, não fora. Não há qualquer informação de que a transferência e a manutenção de lideranças de organização criminosa para o presídio federal em Brasília ofereçam riscos à população civil, aos prédios públicos ou às embaixadas. Não há qualquer reclamação da permanência desses presos em Brasília, salvo do próprio Governo do Distrito Federal”, relatou a assessoria de imprensa do ministério.
Segundo Torres, a população brasiliense vive sob o risco de ações criminosas por manter líderes do crime organizado sob custódia na Penitenciária Federal de Brasília. “Estamos próximos a um incidente que extrapola os muros da unidade prisional federal e tem a capacidade de expor a sério risco à vida, à tranquilidade e o patrimônio dos cidadãos que aqui residem”.
Críticas
O governador Ibaneis Rocha já havia criticado o ministro Moro quando, em março de 2019, o traficante Marcola foi transferido para o DF. O ministro afirmou a época que havia um ‘receio exagerado’ sobre a situação.
Crime organizado
A Polícia Civil do Distrito Federal já havia deflagrado uma operação para conter o avanço do crime organizado no início de janeiro. De acordo com a Polícia Civil, pelo menos 30 pessoas integram a célula da facção criminosa no Distrito Federal, mas nem todas foram identificadas. Segundo a polícia, os membros do grupo se dividiam em núcleos específicos de atuação para praticar diversos tipos de crime, como roubo e tráfico de drogas e de armas.
O objetivo principal, contudo, era estabelecer as condições necessárias ao desenvolvimento e consolidação do grupo na capital federal, para onde, no ano passado, integrantes da cúpula do PCC foram transferidos para cumprir pena em presídio federal de segurança máxima.
A penitenciária
Inaugurada em outubro de 2018, a Penitenciária Federal de Brasília é uma das cinco unidades de segurança máxima federais destinadas a isolar presos condenados e provisórios sujeitos ao Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), líderes de organizações criminosas e réus colaboradores presos ou delatores premiados que correm risco de vida no sistema estadual.