Parques ecológicos
A sorrir é preciso levar a vida sempre verde
Publicado
emO Parque Ecológico Olhos d’Água, na extremidade da Asa Norte, administrado pelo Instituto Brasília Ambiental, recebe centenas de visitantes por dia, interessados na prática de exercícios ao ar livre ou na contemplação da natureza. Entre os meses de novembro a fevereiro, quem o frequenta observa um grande número de lagartas da família megalopygidae, com coloração preta e manchas brancas nas extremidades, distribuídas espaçadamente nos troncos das árvores.
É fato: as populações de insetos e animais peçonhentos costumam aumentar significativamente com a chegada do período quente e chuvoso do ano no Distrito Federal. Por isso, o Brasília Ambiental – responsável por 65 parques, unidades de conservação da fauna e flora – fez um roteiro de dicas para quem visita esses locais nesta época.
“É necessário cuidado, por exemplo, ao se encostar nas árvores e sentar na grama. E sempre usar roupa apropriada para o local. Que tem alergia deve andar sempre com remédios e usar repelentes”, afirmou Lorena Carneiro, agente de unidade de conservação do instituto.
A lagarta é uma das espécies mais vistas e podem provocar acidentes como queimaduras que, embora sejam de baixa gravidade e de rápida recuperação, em alguns casos merecem atenção. No ano de 2018, foi amplamente observada a aparição da espécie lonomia obliqua no DF, conhecida por causar lesões e até reações mais graves, como insuficiência renal e quadro hemorrágico, em pessoas que mantiveram contato com a mesma. Não há registros de acidentes graves com a espécie apistosia cf. judas. Mas o contato direto com os pelos dessa lagarta pode causar leve desconforto.
A identificação destes indivíduos é fundamental para orientar corretamente os visitantes do parque sobre os eventuais perigos que a espécie pode causar. Por isso, o Brasília Ambiental realiza pesquisas de espécies encontradas em suas UC’s com apoio de órgãos do GDF e tem informado a população sobre seus riscos.
Boas práticas
Importante destacar que, além dos lepidópteros (mariposas e suas larvas), outros animais peçonhentos como escorpiões, serpentes, aranhas, himenópteros (abelhas, formigas e vespas), coleópteros (besouros) e quilópodes (lacraias) também podem causar acidentes, sobretudo em ambientes naturais.
Por isso, existem boas práticas que devem ser observadas e seguidas por visitantes de parques e Unidades de Conservação, visando evitar acidentes desta natureza.
O que (ou não) fazer
Observar antes de encostar em árvores, galhos, bancos, ou qualquer estrutura próximo à árvores ou ambientes naturais. Muitos acidentes ocorrem no momento do contato acidental com estes organismos, que por defesa, acabam deferindo suas presas, ferrões, cerdas, espinhos nas vítimas;
Sempre usar calçado apropriado para ambientes naturais (tênis, bota, botina ou calçado fechado) e observar onde pisa ao caminhar em meio à natureza ou áreas rurais;
Permanecer nas trilhas demarcadas, não abrir novas trilhas ou adentrar em áreas de vegetação natural sem autorização;
Não remover galhos ou sentar no chão sem antes conferir se há qualquer inseto ou animal peçonhento escondido na vegetação;
Não tentar coletar estes animais sem autorização dos órgãos ambientais competentes;
Evitar se aproximar de colmeias, tocas, buracos na terra, cupinzeiros ou ninhos de animais;
Examinar calçados, roupas pessoais, bolsas e toalhas antes de usá-los;
Depositar o lixo/resíduo em local apropriado (lixeiras)
Em caso de acidente, como proceder?
Busque atendimento médico e informe ao profissional de saúde o máximo possível das características do animal, como tipo, cor, tamanho, local do incidente;
Em caso de acidente graves nas unidades de conservação e parques distritais, procure a equipe técnica ou de segurança para acionar o socorro(serpentes, escorpião, lagarta lonomia obriqua);
Manter a vítima em repouso e com o membro acometido elevado, até a chegada do pronto socorro;
Se possível, lavar o local com água corrente;
Não tentar remover o veneno com a boca ou apertando o local acometido.