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Revolução na educação

O que buscar no sistema de ensino para os filhos?

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Você não conseguirá escutar facilmente, mas uma revolução silenciosa está em andamento nas salas de aula pelo Brasil afora. Uma revolução complexa, pois traz padrões culturais profundos. Mas, como toda boa escola sabe, ela é espelho e reflexo da sociedade, e precisa, para ontem, se adaptar à nova realidade social, onde o conteúdo está online e a dificuldade de concentração dos jovens é alarmante. E não só: como a escola pode atuar em um mundo com profissões cada vez mais voláteis, no qual o fantasma do desemprego está cada vez mais presente.

E um colégio gravado na história de Brasília parece ter captado a essência dos novos tempos. O colégio Galois e sua metodologia de ensino, que vem da base – lá no maternal – parece ter entendido que o simples acúmulo de conhecimentos não é garantia de sucesso. É preciso mais: é urgente a necessidade de saber lidar com a informação e construir uma visão crítica da realidade. O objetivo? Desenvolver habilidades para uma reciclagem diuturna.

Educar para o mercado de trabalho ou para a vida? Qual o papel da escola hoje?

A maioria dos profissionais de educação parecem apontar para um caminho, onde o competente é quem sabe aprender. Neste sentido, o papel da escola está inclinado a ensinar o aluno a buscar o máximo de informações o possível. A criação de habilidades, para alguns pedagogos competentes está relacionada ao fazer, que significa utilizar os conceitos e as competências adquiridas e, claro, a atitude faz aprender a ser.

E eis que o discurso dos pedagogos consultados por O Brasileiro apontam para uma tríade que parece estar norteando a formação do aluno na escola moderna: saber, fazer e ser. Mas como aplicar essa essência ao ensino e ainda modernizar a experiência?

As coisas parecem ter mudado na relação aluno-professor. Antes o conteúdo vinha de cima para baixo. Hoje o novo modelo pede troca de experiências, baseada numa relação mais horizontal. O professor “detentor do conhecimento” parece ter ficado no passado. Quer um exemplo prático? Imagine que o assunto discutido em sala de aula seja a segunda guerra mundial. O aluno recorre a Google e descobre que há mais de 10 mil páginas sobre o tema na internet, entre vídeos, podcasts, perfis em redes sociais, textos e por aí vai. Como o professor pode lidar com essa nova realidade?

A resposta mais cabível e que vem sendo dada por alguns mestres no assunto é: preparando os alunos para avaliar de modo crítico esse universo de informações, em grandes casos conflitantes. Nesse sentido, o momento de passar a informação em sala de aula passou a ter o mesmo peso da qualidade da aula e do relacionamento do professor com os seus alunos.

Ao se ver de perto a atuação de alguns professores mais antenados, a exemplo do colégio Galois, em Brasília, fica fácil observar que embora complexo, o sucesso da educação está na capacidade dos professores em se adaptarem continuamente à nova realidade.

Reciclagem perene
Os profissionais da educação parecem terem entendido que reciclagem permanente não é uma moda passageira, mas uma realidade. Neste exato sentido uma frase antiga do ex-ministro da educação, Cristóvão Buarque, diz muito: “Diploma deveria vir com prazo de validade, como qualquer outro produto perecível”. E tal frase não poderia ser mais cabível para o professor moderno.

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