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Dia sim outro também

Homeopatia entra em cena em tempos de Covid

Publicado

Autor/Imagem:
Paulo Daruiche

A homeopatia é um sistema de tratamento médico criado por Samuel Hahnemann em 1796, e desde então tem sido utilizada tanto no tratamento individual quanto nas epidemias. Hahnemann descreve, em seus escritos, o método para encontrar o único medicamento adequado para cada epidemia. A homeopatia é um tratamento medicinal alternativo que contemplo o ser humano em sua totalidade.

No Brasil, a Homeopatia foi introduzida a partir de 1840, com o médico francês Benoit-Jules Mure. Há relativamente pouca coisa escrita sobre as intervenções homeopáticas nas epidemias, mas sabemos que desde o começo isso aconteceu também aqui. E a forma como é escolhido o medicamento mais adequado durante uma epidemia ou surto é semelhante ao modo como o médico homeopata escolhe um medicamento para um paciente: são analisados os sintomas de vários indivíduos durante a epidemia, compondo um quadro único de sintomas, e um medicamento é escolhido para esse quadro de forma completa. Assim, este medicamento pode ser dado para toda a comunidade, visando a prevenção daquela doença.

Foi assim que Hahnemann cuidou da escarlatina na Alemanha no séc. XVIII, da púrpura miliar em 1801, do tifo em Leipizig em 1813, e cólera em 1831, na Europa. Após Hahnemann, em 1854, a homeopatia foi eficiente em epidemia de cólera na Inglaterra. Nos EUA, entre 1862 e 1864, epidemia de difteria: a taxa de mortalidade foi muitíssimo menor nos pacientes homeopáticos. O mesmo ocorreu na gripe espanhola em 1918: mais de 62.000 casos tratados homeopaticamente, com uma taxa de mortalidade de apenas 0,7%.

Aqui os relatos mais antigos que temos são os das epidemias de escarlatina, no Rio de Janeiro (João Vicente Martins, 1849); febre amarela, na Bahia, que foi chamada pelo povo de “vômito negro” (1850 a 1852); cólera, a partir do Pará (1855), chegando ao Recife, e depois ao Rio de Janeiro; febre amarela também no Rio de Janeiro (1870, 1873, 1875 e 1877); peste bubônica no Rio de Janeiro (1900); varíola na Bahia (1918); e tifo na Bahia, em 1925. Em todas essas intervenções, os registros mostram o grande benefício da homeopatia à população, reduzindo as mortes e a intensidade das doenças.

Em 1974 temos meningite em Guaratinguetá: foram mais de 18 mil pessoas medicadas, e os resultados tiveram repercussão internacional. Essa ação foi repetida em 1998, em Blumenau/SC, (também meningite) em 65826 pessoas, e apenas 4 tiveram a doença. Mais recentemente, tivemos epidemia de dengue (doença que ainda hoje, em 2015, se apresenta como epidemia em diversas regiões do país). Entre 2007 e 2010 o Grupo de Estudos Homeopáticos de São Paulo Benoit Mure – do qual faço parte – trabalhou nas cidades de Penápolis/SP, Pereira Barreto/SP e Iporá/GO, em parceria com as prefeituras. Pudemos acompanhar de perto o enorme sofrimento das pessoas, e a homeopatia mostrou-se muito eficaz para aliviar esse sofrimento, tratando quem estava doente e prevenindo a doença de modo geral.

Esses são apenas alguns relatos, nos quais podemos perceber que a homeopatia é uma alternativa eficiente para combater as epidemias, além de ser de baixo custo. Seria bom se ela fosse utilizada cada vez mais, em benefício de todas as pessoas. Grande abraço, até a próxima!

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