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Mantendo a forma

Como se exercitar em casa durante pandemia?

Publicado

Autor/Imagem:
Ivo de Oliveira

Academias fechadas, isolamento social, trabalho remoto. A mistura de vários comportamentos que quebram a rotina a qual as pessoas já estavam habituadas pode levar a um estado indesejado: a ociosidade. Com o estresse acumulado, a compulsão por alimentos de alto índice calórico e com muito açúcar – como chocolates, refrigerantes, balas e sobremesas – pode ser o estopim de uma espiral de hábitos nada saudáveis para o corpo.

“É de suma importância manter os hábitos saudáveis, mesmo estando em casa. Isso é possível com exercícios que usam o próprio peso corporal. Também é possível manter o condicionamento físico, a flexibilidade, as medidas e se beneficiar de todas as respostas hormonais que o exercício proporciona”, afirma Guilherme Pereira, personal trainer que atua em Brasília.

A preocupação é ainda maior para pessoas acima de 60 anos. Elas estão no chamado grupo de risco, tanto para a epidemia de coronavírus quanto para doenças cardíacas, circulatórias e mentais. E, apesar de um sistema imunológico mais robusto e eficiente, a população brasileira jovem também sofre as consequências da obesidade, da falta de exercícios e do consumo exagerado de alimentos ultraprocessados.

Mas, como manter uma rotina equilibrada, com exercícios físicos, em quarentena e sem equipamentos adequados? E quem nunca teve o hábito de praticar exercícios físicos, tem a possibilidade de começar agora, em casa? “Há sim, inclusive o exercício físico moderado, que vai ajudar bastante a diminuir esses fatores emocionais decorrentes do ócio, como ansiedade, irritabilidade e a insônia. É importante frisar que sedentários devem iniciar a atividade física de forma leve e orientada, respeitando suas limitações e restrições físicas”, argumenta Pereira.

Aplicativos
Uma alternativa aparentemente segura para fazer exercícios fora da academia e sem o acompanhamento de um profissional é usar um aplicativo de celular dedicado à tarefa. Existem milhares disponíveis, todos com extensas listas de exercícios criativos e de fácil execução.

Mas será que eles realmente estão adaptados às necessidades e aspirações de todas as pessoas? Guilherme Pereira afirma que não. “Uma parte deles [aplicativos de exercício] é eficiente. Contudo, é necessário observar com muita atenção a individualidade biológica de cada um. O risco à saúde pode ocorrer quando a pessoa que busca esse tipo de aplicativo não conhece suas próprias limitações e ocorre o exagero, afinal de contas até a atividade física em excesso faz mal”, adverte o profissional.

Treino simples
O professor Guilherme Pereira preparou, especialmente para a Agência Brasil, duas abordagens diferentes para quem não quer deixar a musculatura esmorecer durante o isolamento social.

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