Dilma visita obra atrasada de ônibus de Agnelo que irrita o povo
A presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT) escolheu uma obra atrasada há quase um ano para falar sobre os investimentos em mobilidade urbana feitos pelo Governo Federal, neste sábado (27). Ela esteve acompanhada do governador Agnelo Queiroz (PT).
A presença de Dilma foi uma tentativa de acabar com o mal-estar provocado dois dias antes, quando ela evitou o comício de Agnelo, em Ceilândia. O governador amarga altos índices de rejeição e a presidente teme ser contaminada, perdendo votos em Brasília.
O BRT-Sul é uma das obras do PAC Mobilidade Grandes Cidades, programa do Governo Federal destinado a executar obras de infraestrutura e mobilidade urbana. Mas o povo anda reclamando muito do serviço. Adversários afirmam que o sistema aumentou o tempo de viagem. Antes de 1 hora, passou para 90 minutos.
Segundo o diretor da DF Trans, Jair Tedeschi, a obra, orçada em R$ 785 milhões, deveria ter sido entregue no final do ano passado. Com os atrasos, a obra só deverá ser totalmente operacional no final do ano.
“Tivemos alguns atrasos por problemas junto às construtoras. Tivemos algumas demandas em áreas por bonde ele iria passar que fizeram com que a gente atrasasse. Algumas estações já estão prontas, mas ainda não estão operando”, disse.
Das 15 estações previstas para o BRT-Sul, 10 foram construídas. Dessas, apenas cinco já estão recebendo passageiros. O BRT-Sul é um corredor viário exclusivo para ônibus. Alguns deles são articulados.
Até mesmo as estações em estágio de conclusão mais avançado, como a do CAUB I, ainda não tiveram as catracas eletrônicas instaladas.
Para se chegar a uma delas, o usuário pode utilizar um ônibus ‘alimentador’, ou terá de tomar uma das 15 passarelas previstas para interligar as margens das avenidas aos terminais.
O problema é que, ao menos no terminal CAUB I, não há elevadores ou rampas para portadores de necessidades especiais.
Da Redação com Uol
