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Artistas ocupam prédio no centro e dão espetáculo até domingo

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O Movimento de Ocupação de Espaços Públicos Ociosos ocupou na tarde desta quinta-feira um casarão na esquina da rua da Consolação com a rua Visconde de Ouro Preto, na região central de São Paulo, e lá pretende ficar pelo menos até o próximo domingo.

Diariamente haverá uma programação cultural no local, que estará provisoriamente aberto ao público. O prédio pertence à União e é administrado pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A programação prevê apresentações de teatro, circo, a produção de um vídeodocumentário e apresentações musicais, entre outras.

A ocupação ocorreu por volta das 17h. A PM foi acionada, mas deixou o local cerca de duas horas depois. De acordo com integrantes do movimento, a ideia é a que se abra espaços ociosos da cidade para ocupações artísticas. Cerca de 50 pessoas estiveram no local durante a tarde.

Em uma carta aberta, o grupo explica que há negociações em andamento, mas com poucos resultados. “A proposta de ocupação desses espaços por coletivos artísticos, apesar de ter sido muito bem recebida, não produziu sequer uma ação para sua viabilização, mostrando-nos que somente o diálogo sem qualquer encaminhamento é absolutamente inócuo. Quase ao final da gestão anterior da prefeitura municipal de São Paulo, o antigo prefeito chegou a fazer pronunciamentos em defesa da função social da propriedade contra os edifícios ociosos, no entanto, encerrou-se a gestão e os pronunciamentos mostraram-se igualmente inócuos”, diz um trecho do documento.

A carta explica ainda o objetivo da ocupação da Casa Amarela. “No momento em que realizamos uma ocupação artística na chamada Casa Amarela na região da Consolação, nós, artistas de diversas linguagens organizados nesse movimento, reafirmamos, mais uma vez nossa proposta de ocupação dos espaços ociosos e abandonados, pertencentes ou não ao poder público. Esses novos espaços culturais da cidade serão ocupados e geridos por coletivos de artistas com projetos de ocupação elaborados em consonância com a realidade local, tendo como foco a abertura de diálogo e ação com a população do entorno. Com isso, pretendemos resgatar a possibilidade de construção da experiência no espaço da cidade e tornar a produção artística e cultural numa vivência cotidiana espalhada pela metrópole.”

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