Mão na massa
Buriti quer vencer Covid gerando mais empregos
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emEmprego e desenvolvimento econômico são dois remédios para enfrentar qualquer crise. Com a pandemia causada pelo novo coronavírus (Covid-19) não é diferente. Por isto, o Governo do Distrito Federal (GDF) tratou de investir e dar uma atenção especial às ações de empreendedorismo, de geração de emprego e renda e de qualificação e capacitação de trabalhadores.
“Mesmo em tempos de pandemia o DF não parou. Nós aceleramos e muito as obras no DF, até como uma forma de empregar as pessoas”, observa o governador Ibaneis Rocha. “Tenho cobrado das empresas e secretarias para que as licitações ocorram o mais rápido possível porque vamos ter a segunda onda da pandemia, que é a pandemia do desemprego. Nós, enquanto governantes, temos a obrigação de dar uma resposta para a população”, arremata.
Desafiada pela crise provocada pelo coronavírus (Covid-19), a secretaria promoveu ações de capacitação e requalificação de profissionais. No primeiro trimestre, antes de a pandemia atingir o país, a pasta registrou que o programa de crédito Prospera DF atendeu quase 700 microempreendedores e emprestou R$ R$ 10,4 milhões para o desenvolvimento de negócios em todo o DF.
Posteriormente, o programa foi aprimorado e ganhou linhas especiais – uma delas destinada às mulheres empreendedoras e outra aos trabalhadores do campo. A Secretaria de Trabalho, que inseriu 4.256 pessoas no mercado formal de trabalho entre janeiro e outubro, também diversificou seus atendimentos e o público. Olhou, por exemplo, para as pessoas em situação de rua, guardadores e lavadores de carro.
Para os moradores de rua houve serviço de emissão de documentos. Já os guardadores e lavadores de carro foram cadastrados para trazer organização para estes trabalhadores e entender as condições de mercado e até trazer novas oportunidades de trabalho.
A pasta adotou medida semelhante com os condutores de veículo de tração animal, popularmente conhecidos como carroceiros. A secretaria pretende qualificar e empregar estes trabalhadores em outras profissões, uma vez que a condução de veículo de tração animal é proibida por lei no DF.
Outra novidade veio com o programa Renova DF, onde três mil pessoas serão capacitadas em construção civil e jardinagem para a revitalização de espaços públicos. São três mil pessoas que vão receber um salário mínimo por estes serviços e estarão devidamente treinadas para exercer uma nova função no mercado de trabalho.
“Os empregadores estão voltando a contratar, mas querem funcionários com o mínimo de qualificação profissional”, explica o secretário da pasta, Thales Mendes. “Por isto, estamos investindo pesado em capacitação”, completa.
Em outra frente, o programa Aqui Tem Qualificação ofertou quatro mil vagas para qualificação em cursos profissionalizantes a profissiOnais de 15 a 29 anos.
O ano também foi de muito trabalho contra a desocupação dos trabalhadores. Em outubro, a Pesquisa do Emprego e Desemprego (PED), mostrou que a taxa de desemprego no DF registrou queda de 19,1% em agosto para 18,4% em setembro. O resultado é o menor índice observado desde abril, quando o mercado de trabalho passou a ser fortemente afetado pela pandemia.
O contingente de desempregados reduziu em cinco mil pessoas, totalizando 288 mil desocupados. O resultado se deve, entre outros fatores, ao aumento no nível de ocupação, com 34 mil novos ocupados, em número superior ao crescimento da População Economicamente Ativa (PEA).
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) concentrou boa parte dos esforços no crescimento das Áreas de Desenvolvimento Econômico (ADE) para gerar emprego e renda e atrair novos negócios. Está investido R$ 99,7 milhões nessas áreas com a projeção de gerar pelo menos dois mil empregos com a chegada e o estabelecimento de grandes empresas e grupos.
Esse investimento nas ADEs – três em Ceilândia, uma em Santa Maria e uma no Gama – tem permitido obras de pavimentação, drenagem, ciclovia, estacionamento, subestação de energia, paisagismo e praças. Em outubro, por exemplo, a população do Gama viu obras de infraestrutura serem concluídas na ADE da cidade, uma demanda que se arrastava por 20 anos.
No Polo JK, em Santa Maria, problemas de décadas também vêm sendo resolvidos pelo GDF. São exemplos disso o saneamento, a pavimentação e a construção de estação de energia em uma região onde empresas funcionavam com gerador.
Por meio do Emprega DF, um programa operado em conjunto com a secretaria de Economia, a SDE tem concedido benefício fiscal com desconto no Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Esta medida visa atrair empresas e gerar novas vagas de trabalho, além de manter as existentes.
O programa, inclusive, já alcançou resultados expressivos em 2020, com ingresso de 18 empresas e arrecadação tributária de cerca de R$ 250 milhões, além de 17 mil postos de trabalho. Para 2021, o Emprega DF tem potencial de atrair outras grandes empresas.
“No quesito da atração de investimentos o objetivo é a melhoria do ambiente de negócios. Para isso vamos lançar um portal reunindo todas as regras dos programas e os diferenciais de Brasília para que o futuro investidor tenha acesso, em um único ambiente, às informações sobre benefícios fiscais, econômicos e linhas de crédito das instituições parceiras”, destaca o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Eduardo Pereira Filho.