Ações a caminho
Todos a postos contra segunda onda de Covid
Publicado
emO combate ao novo coronavírus foi prioridade para o Governo do Distrito Federal desde o início. Quando a Organização Mundial de Saúde apontou, em março, que o mundo já enfrentava uma pandemia, foram decretadas medidas restritivas para conter a proliferação de um vírus desconhecido e, em muitos casos, fatal. Agora, quando o mundo enfrenta uma nova investida da doença (a Covid-19) – a chamada “segunda onda” – o DF está pronto para diminuir os riscos da população.
Desde o início da pandemia houve um grande investimento em ações capazes de proteger a população, desde a construção emergencial de hospitais de campanha e a compra de insumos – como máscaras protetivas, para distribuição pública – até a contratação de mais profissionais de saúde. Ou seja, um intenso investimento não só de recursos financeiros, mas também de força de trabalho, estrutura e serviços de qualidade.
Em nove meses de pandemia, o governo distribuiu mais de três milhões de máscaras de tecido; disponibilizou, nos meses mais críticos da doença, 720 leitos exclusivos em hospitais públicos e privados, e convocou um reforço de mais de 3,7 mil profissionais de saúde. Também foi erguido um hospital de campanha, no Estádio Mané Garrincha, que atendeu mais de 1,8 mil pacientes, e ampliado o Hospital de Ceilândia, com a oferta de mais 73 leitos.
Investimentos também foram feitos para transformar o Centro Médico da Polícia Militar em um outro ponto de apoio para tratar infectados pelo coronavírus. No hospital militar, foram admitidos 308 pacientes entre 1º de agosto e 21 de outubro.
“Tomamos as ações aqui de forma muito rápida, fazendo a prevenção com isolamento social, criando leitos de UTI. E atendemos a todos. Não há nenhum caso de quem não tenha sido atendido pela rede pública”, enfatiza o governador Ibaneis Rocha.
A testagem da população também foi reforçada. Mais de 570 mil exame foram aplicados gratuitamente na população, nas modalidades RT-PCR e sorológicos.
“Nossas medidas de enfrentamento à doença foram pioneiras no país e reconhecidas nacionalmente”, destaca o secretário de Saúde, Osnei Okumoto. “Ademais, o governo investiu na ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no acréscimo e na valorização dos profissionais de saúde e em dezenas de campanhas educativas para a conscientização da população”, acrescenta o gestor.
Todo o mundo enfrenta uma nova onda da doença, que só será controlada com o sucesso das vacinas. Mas o Distrito Federal está pronto para qualquer emergência, lembra o secretário Okumoto, uma vez que os leitos e respiradores podem ser ampliados imediatamente, e os investimentos na saúde pública não param. Em breve será inaugurado o Hospital de Campanha de Ceilândia, que depois da pandemia será incorporado à rede de saúde do GDF, com mais 60 leitos, e sete unidades de pronto atendimento (UPA) estão em construção.
Com a edição de vários decretos, o governador Ibaneis Rocha foi suspendendo paulatinamente as atividades ao mesmo tempo em que reforçou a necessidade do isolamento social. A capital do país foi a primeira a suspender as aulas, em 12 de março. Uma semana depois, uma norma determinou o fechamento do comércio em geral, bem como a suspensão da prestação de alguns serviços e a realização de eventos públicos.
No dia 23 de abril veio a obrigatoriedade do uso de máscaras no Distrito Federal. Essa e outras medidas são fiscalizadas pela Secretaria DF Legal e pela Vigilância Sanitária, com apoio das forças de segurança. Ao mesmo tempo em que monitorava, o GDF oferecia o item de proteção.
Sob coordenação da Secretaria de Governo (Segov-DF), cerca de 3 milhões de máscaras foram distribuídas até o momento por diversos órgãos e administrações regionais. “A nossa mensagem é de valorização da vida. É preciso ter consciência de que a Covid-19 mata, e temos que nos proteger. O governo está fazendo sua parte, mas o cidadão também tem de fazer a dele”, destaca o gestor da pasta, José Humberto Pires.
“Trabalhamos intensamente nas ações corretiva e a educacional. Na abertura do comércio, reforçamos a necessidade do uso do álcool em gel, quantitativo de pessoas, a distância mínima, a higienização”, completa o subsecretário de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde, Divino Valero. “Chegamos a aplicar várias multas. Mas o papel da Vigilância Sanitária foi o de orientar e fiscalizar as melhores práticas”, acrescenta.
O governo também reforçou a fiscalização nas ruas para que as medidas sanitárias contra o Covid 19 fossem cumpridas. De março a novembro, a Secretaria DF Legal coordenou operações em companhia de servidores da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) e Secretaria de Saúde.
Neste período, a força-tarefa fez 538.739 vistorias em estabelecimentos comerciais, fechando compulsoriamente 24.275 deles por desobediência a alguma regra sanitária. O DF Legal multou 395 lojas e interditou outras 1.678.
O uso obrigatório de máscaras também fez a fiscalização abordar mais de 82.225 pessoas nas ruas das 33 regiões administrativas. Deste total, 170 foram multadas.
“O objetivo principal é coibir as aglomerações em bares e restaurantes do DF, alertar sobre o uso obrigatório de máscaras em áreas comuns desses estabelecimentos, quando não fazendo consumo de bebidas e alimentos, e a necessidade de aferição de temperatura e da disponibilização de álcool gel”, destaca o secretário da DF Legal, Cristiano Mangueira.
Rede hospitalar ampliada e melhorada
Em Brasília, o tradicional Hospital Regional da Asa Norte (Hran) logo deu o exemplo. Tornou-se referência nacional no tratamento de casos de Covid-19. Foram mais de 70 mil pacientes atendidos na unidade hospitalar. Além da excelência médica e de uma reestruturação de fluxo, vários estudos foram feitos no Hran no sentido de reduzir a propagação da doença.
A tarefa de salvar vidas se espalhou por todo o DF. Foram construídos os hospitais de campanha do Mané Garrincha (com 197 leitos de UTI) e da Polícia Militar do DF (80 leitos), além dos cuidados nas UPAs e demais hospitais regionais do Distrito Federal.
Passaram pelo Hospital de Campanha do Mané Garrincha 1,8 mil pacientes. Destes, 1.787 receberam alta do local. Já o Hospital de Campanha do Centro Médico da PM admitiu, entre 1º de agosto e 21 de outubro, 308 pacientes, dos quais 189 receberam alta.
O GDF contou ainda com uma ajuda no reforço de número de leitos: a doação de uma unidade modular, anexa ao Hospital Regional de Ceilândia (HRC), feita pela empresa JBS. O local conta com 54 módulos hospitalares refrigerados com 73 leitos – dos quais três com suporte de ventilação mecânica – distribuídos em uma área de 1.015 metros quadrados.
Mais profissionais de saúde
A Secretaria de Saúde nomeou este ano, até novembro, 3.796 servidores para reforçar os atendimentos à população durante a pandemia do novo coronavírus. Ao todo, foram chamados 1.199 profissionais de saúde efetivos e 2.597 temporários, que ampliaram as equipes e atuaram na prevenção, combate, mitigação e enfrentamento da Covid-19.
Para o secretário da pasta, Osnei Okumoto, os mais de 3 mil servidores chamados representam o esforço de gestão para garantir o melhor atendimento nas unidades de saúde durante a pandemia. “Esse é um compromisso do governador Ibaneis Rocha com os aprovados em concurso público. Estamos cumprindo aquilo que foi prometido a todos, que é o chamamento para os cargos na Secretaria de Saúde e, com isso, reforçar os serviços à população”, afirmou.
Testagem da população
A alta testagem da população sempre esteve na lista de prioridades. Segundo a Secretaria de Saúde, até o dia 31 de outubro foram realizados no DF 573.483 testes nas modalidades RT-PCR e sorológicos.
Postos de drive-thru foram espalhados em pontos estratégicos do Distrito Federal para a aplicação de testes rápidos. Os resultados saíam com rapidez, majoritariamente no mesmo dia do exame. As unidades básicas de saúde também ofereceram dois tipos de teste: os rápidos e por swab nasal (RT-PCR).
Em outra frente, o governo investiu cerca de R$ 15,7 milhões na aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs) para os servidores que atuam na linha de frente do combate (saúde e segurança). Medida mais do que necessária para evitar a disseminação da doença.
Baixa ocupação de leitos
A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados à Covid-19 na rede pública – incluindo adulto, pediátrico e neonatal – sempre esteve dentro da normalidade.
No final de novembro, após redução gradativa dos 720 leitos exclusivos para 391 ativos, o índice de ocupação para Covid registrou 64%. Portanto, abaixo do percentual de até 70%, considerado dentro dos padrões sugeridos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A redução gradativa dos casos levou o governo a desativar as camas e estruturas a partir de 26 de setembro, obedecendo a um cronograma rígido e controlado por técnicos de saúde e estatísticos. O hospital do Mané Garrincha, por exemplo, encerrou as atividades em 15 de outubro.
Taxa de recuperação é 90%
Já são mais de 214 mil pacientes recuperados na capital do país, atribuindo ao DF um dos mais altos índices de recuperação em todo o Brasil: cerca de 90%. Até o início de dezembro, foram registrados 3,9 mil óbitos em decorrência da doença.
A Secretaria de Saúde segue acompanhando de perto a evolução e o número de casos de infecção por aqui. “As providências e os cuidados seguem. Até mesmo para que o Distrito Federal esteja em condições de enfrentar uma possível segunda onda de Covid-19”, finaliza Osney Okumoto.