Esperança chega com vacina em enfermeira

“A Coronavac chegou. É do Butantan. É a vacina do Brasil”. Foi assim que o governador de São Paulo João Doria anunciou o início da campanha de vacinação no Estado. A primeira dose foi aplicada às 15h32 deste domingo, 17, na enfermeira Mônica Calazans. Ela é negra, tem 54 anos e era voluntária nos ensaios clínicos. Durante o período de testes ela recebeu placebo, e não a vacina.

“É o dia da verdade, o dia da vida. Quero me solidarizar e homenagear os 210 mil mortos da Covid no Brasil. Quero prestar homenagem aos quase 9 milhões de brasileiros que foram infectados pelo novo coronavírus. A homenagem também é para os pesquisadores e médicos que lutaram e lutam como heróis para salvar vidas, para proteger as pessoas”, disse Doria em entrevista à imprensa.

Segundo Doria, o Brasil vai ficar marcado no 17 de janeiro como o Dia V da Vacina, o Dia V da Vida. “Aqui ningu´pem flerta com a lrte. Aqui trabalhamos acreditando na ciência; não há negacionistas”, pontuou o governador, numa referência indireta ao presidente Jair Bolsonaro, que sempre polemizou politicamente, questionando a eficácia da Coronavac, produzida em parceria do Butantan com a Sinovac, da China.

Sempre atacando indiretamente Bolsonaro, João Doria enalteceu as pessoas que defendem a vida, “enfrentando negacionistas, fake news, destemperos e palavrões” para enfrentar a vida, acentuou.