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Resposta a Bolsonaro

Último ato de Maia pode ser o do impeachment

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Autor/Imagem:
Mário Camargo

O deputado Rodrigo Maia, que amanhece esta segunda-feira, 1 de fevereiro, ainda como presidente da Câmara, está inclinado a aceitar um ou mais dos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro que estão sobre sua mesa.

Há ao menos 58 ações pedindo o afastamento do presidente da República. Os crimes iriam desde peculato a suposto genocídio, pelas ações de Bolsonaro em relação à pandemia do novo coronavírus.

Essa possibilidade foi admitida por congressistas ligados a Maia na noite deste domingo, 31. A decisão do deputado seria uma reação ao que ele considera intervenção branca do Palácio do Planalto no processo de sucessão no Congresso Nacional.

Bolsonaro não nega apoio escancarado a Arthur Lira (PP), e Rodrigo Pacheco (DEM), que concorrem, respectivamente, às presidências da Câmara e do Senado. Maia tenta eleger como seu sucesso Baleia Rossi, presidente nacional do MDB. No Senado, a adversária de Pacheco é Simone Tebet (MDB).

Rodrigo Maia ficou irritado na noite deste domingo, ao ser informado que parte do DEM havia decido apoiar a candidatura de Lira. Ele considerou a decisão uma traição partidária.

As eleições para as duas Casas do Congresso serão ao longo desta segunda-feira. Os eleitos assumem as cadeiras logo após a promulgação dos resultados. O temor de Maia é que, mesmo com uma suposta retaliação, seu sucessor (na hipótese de ser Lira) torne o ato sem efeito e anule a abertura do processo de impeachment.

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