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Hospital de Base

Emoção marca encontro de mãe e bebê após AVC

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Autor/Imagem:
Carolina Paiva, Edição

Após mais de um mês internada no Hospital de Base (HB) por conta de um acidente vascular cerebral (AVC) sofrido logo após dar à luz, Gabrielle Lopes Landim, 21 anos, pôde, enfim, rever a filha recém-nascida. O reencontro com Eliza foi organizado pela equipe da Unidade de Neurocirurgia, onde a mãe foi operada e recebe os cuidados pós-cirurgia. Ainda com dificuldades para falar, a mãe de primeira viagem resumiu em uma palavra o que sentia ao ver a filha: gratidão.

O irmão de Gabrielle, Rômulo Michael Lopes, 33 anos, levou a sobrinha para rever a mãe. “Este é um momento muito esperado por nossa família”, destacou. “Acreditamos que o pior já passou e que, muito em breve, minha irmã vai levar uma vida normal, ao lado do marido e da filha”, disse, emocionado.

A pequena Eliza nasceu no Hospital Regional de Ceilândia em 21 de janeiro deste ano, às 15h45. Alguns minutos depois da cesariana, Gabrielle teve um AVC hemorrágico e precisou ser transferida às pressas para o HB. “Foi um grande susto para nós”, lembrou o tio. “Mas, felizmente, ela recebeu todo o atendimento necessário. Minha irmã foi transferida no mesmo dia para o Hospital de Base e levada direto para uma sala que estava pronta para ela”, relembrou.

A paciente passou por cirurgia logo que anoiteceu e o procedimento foi bem-sucedido. “Desde então, ela tem sido bem atendida por todo o corpo clínico. Eu mesmo já conheço muitos desses profissionais pelo nome. São anjos que estão aqui para nos ajudar”, elogiou Rômulo Lopes, também padrinho da pequena Eliza.

A mãe de Gabrielle, Vera Lúcia Lopes, de 51 anos, tem cuidado da neta durante o período de internação da filha. E comemora que a bebê está super bem de saúde. “Ela nasceu com 3,4 quilos e 49 centímetros. Agora, está com 4,6 quilos e 52 centímetros”, informou, orgulhosa. Moradora de Ceilândia, Vera Lúcia tem cinco filhos e doze netos. “Eles são os meus bens mais preciosos.”

De acordo com o pai da criança, o autônomo Luis Felipe Santana, 21 anos, Eliza tem sido a razão para toda a família acreditar em dias melhores. “Esse AVC foi um grande baque para todos nós, já que a gravidez da minha esposa foi totalmente saudável”, observou.

Luis Felipe visita Gabrielle a cada dois dias no HB e tem visto a evolução do quadro de saúde da esposa, que ainda aguarda previsão de alta hospitalar. “Antes, ela nem podia falar, agora já consegue, mesmo que pouco. Sei que em breve vai receber alta e poderemos criar a nossa filha juntos.”

Empatia
O encontro de hoje foi organizado por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais da Unidade de Neurocirurgia do HB. “A Gabrielle chegou em estado crítico, e todos ficamos comovidos com a história”, contou Amanda Borges Oliveira, supervisora de Enfermagem do setor.

“Conversei com a psicóloga para verificar se ela reagiria bem ao ver sua filhinha pela primeira vez depois do incidente. Cuidar é isso. É ter empatia, é humanizar, é transbordar amor”, concluiu Amanda.

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