Leões de Lula engolem rebanho de bolsominion

Se defensores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se confrontassem numa savana africana contra um grupo cada vez mais desgarrado do rebanho de bolsominiones, seria um banho de sangue. Os seguidores do petista, em maior número e mais aguerridos, trucidariam os aliados do presidente, como leões que devoram suas presas e deixam a carniça para os urubus. É uma figura de retórica, mas é a realidade

Foi isso o que se viu neste sábado, 29, o Brasil, após um relato, após as 20 horas, das manifestações ocorridas nas capitais do País e grandes cidades do interior. Antes, quem imaginava 800 mil pessoas, passou a calcular mais de 5 milhões. Um contingente capaz de atrair mais pessoas, levando pânico às hastes bolsonaristas a pouco mais de um ano das eleições presidenciais.

Em Brasília, a Esplanada dos Ministérios foi tomada por uma multidão de lulistas e simpatizantes do PT como há mito não se via. O mesmo aconteceu em São Paulo, como se a Avenida Paulista tivesse se transformado num verdadeiro formigueiro humano.

No Rio de Janeiro, a oposição mostrou força levando um sem número de pessoas à manifestação no centro da cidade. Cenas semelhantes foram registradas em Salvador, Belo Horizonte, Fortaleza, São Luis, Manaus, Alagoas e outras grandes cidades.

Os atos, todos pacíficos, com uso de álcool em gel, máscaras faciais e, dentro do possível, distanciamento social, só destoaram no Recife. Na capital pernambucana, a Polícia Militar, tentando dispersar a manifestação, agrediu as pessoas com socos, cassetetes, gás lacrimogêneo e gás de pimenta.

Para azar dos policiais, uma das vítimas dessa truculência foi a vereadora petista Liana Cirne. Mostrando que petistas têm o mesmo direito de ir às ruas como os bolsminiones, o governador Paulo Câmara (PSB), não pensou duas vezes: afastou o comandante da Polícia Militar e a parte da tropa que brincou de fazer tiro ao alvo com coisa séria.

Políticos da oposição e mesmo aqueles que se consideram independentes, avaliam que o grande vitorioso dos protestos deste domingo foi Lula, que sequer saiu de casa. O Palácio do Planalto, que minimizou a movimentação no final da manhã, tremeu no meio da tarde, quando viu as imagens de que a manifestação eram bem maiores do que se poderia esperar.

Já engasgado com a CPI do Genocídio, o capitão agora sente a mordida do metalúrgico no seu calcanhar. Assessores do petista garantem que se o presidente reagir ao novo grito de #ForaGenocida com mais uma das suas bravatas, o próprio Lula marchará em direção ao Palácio do Planalto. E ai não tem general mentiroso que segure a turba.