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Saia dessa

Quem depende dos outros, coloca os pés pelas mãos

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Horoscopo Virtual - Edição de Carolina Paiva

Quem nunca ouviu uma dessas frases? “Tem gente que é só feliz quando o outro está por perto” ou “a pessoa cada vez mais precisa da outra e vira um vicio e a outra pessoa sentindo que esta numa prisão”; é ruim para os dois quando acontece isso.

Ou seja, ela depende de algo (o amor) de alguém pra ser feliz, não consegue sequer conceber a felicidade longe do seu objeto de adoração. Parece que falta o chão quando ele (ou ela) não está por perto.

Essa dependência, não se resume aos casais apaixonados de namorados, mas também atinge o círculo familiar, amigos, etc. e quem depende raramente consegue ser feliz, uma vez que não consegue se libertar desse vício. Chamo a isso de vício, porque tal dependência assume várias vezes o caráter de muleta afetiva. Sem a muleta, toma-se um tombo atrás do outro. Isso se dá porque algumas pessoas fazem de outras o centro de suas atenções, e quando ausente não tem a quem entregar-se.

Mas que tal se você desse essa atenção a si mesmo(a)? Partindo do princípio que só conseguimos amar se nos amamos, podemos deduzir que dependência não é amor, é egoísmo! Lamento informar, mas sacrifícios não seguram ninguém ao lado de outras pessoas quando estas não querem ficar. Não adianta jogar pro alto uma carreira, estudos família, etc., se o parceiro não tiver que ir embora irá, porque muitas vezes o relacionamento pesado também é um sacrifício do qual ele quer se livrar.

No entanto certos sacrifícios são normais no começo da relação, porém a medida que o tempo passa, e o casal vai se conhecendo melhor, a tendência é se sentirem mais seguros em relação ao outro. O motivo: Medo da solidão.

Sabemos que ninguém consegue viver sozinho(a) em nenhum âmbito da vida. Por esse motivo algumas pessoas quando se relacionam se tornam automaticamente dependentes afetivos do outro, e transferem a responsabilidade de sua felicidade para o outro. Liberdade. No entanto, a única forma de se livrar da dependência afetiva é melhorar sua auto-estima. Mas vamos separar bem as coisas: Existem casos de Amor Patológico onde é necessário fazer tratamento terapêuticos. Sim, isso parece fácil de falar e já virou chavão. A questão é como fazer?

A única forma de se libertar dessa dependência afetiva é melhorar a auto-estima. Você deve SE AMAR, antes de amar qualquer outra pessoa. Valorizar-se. Egoísmo? Não. Egoísmo é amar somente a você, mais ninguém, e não é bem isso que estamos tratando. Estamos falando de valorizar seu passe; o que significa gostar mais de si mesmo, aceitar suas qualidades com humildade e seus defeitos com naturalidade; não se cobrar em demasia, afinal nossa vida é um aprendizado e não há obstáculo que não possa ser removido: aquilo que você acha que é defeito hoje, poderá ser qualidade amanhã.

Portanto aceite-se como você é. Não mude pra agradar as pessoas, mude de pessoas. Seja alegre, e a vida o cercará de pessoas alegres; dê amor e a vida o cercará de pessoas amorosas; cultive a bondade a vida o cercará de pessoas boas.

Tá bom, eu sei que isso é difícil. Vamos passar da teoria à pratica, ok? Vamos lá!

– Não deixe em hipótese alguma que sua mente seja dominada por pensamentos deprimentes. Isso exige treino. – Ouça músicas que te lembrem apenas coisas boas. – Afaste-se de uma vez por todas das pessoas negativas.

– Jogue fora suas roupas velhas, rasgadas e rotas. Use coisas novas, limpas e bonitas.

– Mude alguma coisinha na sua aparência (pra melhor).

– Preste atenção em seus gestos. Aja sempre com calma, fale baixo e evite cenas de estresses (comumente chamadas de barracos). Para quem tem dependentes afetivos:

Quando se ama é natural querer a pessoa sempre por perto, afinal o amor é uma maravilhosa troca. O que deixa de ser normal é quando essa pessoa começa a viver em função de ti.

É preciso convencê-las que pra dar amor não é necessário (nem salutar) ficar grudado 24 horas por dia; que mesmo juntas as pessoas continuam a tocar suas vidas. Estar presente na vida de alguém não significa ficar grudado como adesivo, mas fazer sua presença ser notada mesmo à distância.

Essa é a sua missão. Fazer a pessoinha entender isso. Mas como?

– Faça o possível pra não discutir.

– Faça com que a pessoa entenda que você tem obrigações a cumprir, e que tais obrigações não podem ser adiadas.

– Nunca aceite chantagem emocional; nem cobrança exagerada. Se a pessoa estiver desequilibrada, oriente-a buscar ajuda terapêutica, familiar ou religiosa.

– Não deixe a pessoa mal acostumada, ou seja jamais deixe de cumprir uma obrigação pra fazer as vontades do seu amor.

– Faça com que ela enxergue a própria vida. Incentive a pessoa a estudar, trabalhar, ocupar a mente de alguma forma, ou pelo menos se dedicar um pouco mais às suas atividades.

– Não se sinta culpado por não corresponder aos anseios desequilibrados da outra pessoa.

– E não esqueça: que você deve se amar antes de mais nada: se o relacionamento ficar insustentável, termine! Não seja escravo de ninguém.

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