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Das urnas saiu a voz do povo, por um novo Brasil, um novo DF

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Eu, eleitor da maior zona eleitoral do DF – Águas Claras, com 127.357 eleitores e 448 seções, fui – como tantos outros eleitores Brasil a fora – mandar meu recado aos candidatos à presidência da República e ao Governo do Distrito Federal. Eu dei voz a um novo Brasil! A um novo DF!

Contrariando todos os prognósticos dos especialistas econômicos, o Datafolha sinalizou (há uma semana) uma virada na onda eleitoral e isso teria como causa o otimismo do brasileiro com o futuro da economia. Descrença, repúdio e massacre total (nas redes sociais) contra essa constatação.

Aberta as urnas e totalizando os votos, a constatação: a diferença apertada entre os dois candidatos que chegaram à reta final do pleito reflete mais do que a virulência dos ataques. Mostra um país claramente dividido, fato que não pode ser minimizado por nenhuma das partes.

Não será possível governar sem o respeito aos milhões que votaram na oposição e isso faz da imediata reconstrução da unidade nacional e de bases de entendimento e convivência democrática a primeira grande tarefa de Dilma Rousseff e de Aécio Neves.

Ao cabo da disputa eleitoral mais acirrada desde o retorno do país à democracia, há 26 anos, a maioria dos cerca de 140 milhões de brasileiros que foram às urnas decidiram dar mais um mandato de quatro anos à presidente Dilma Rousseff.

Day after, não faltam pesquisas indicando a insatisfação geral com relação à saúde e ao transporte público. A educação, que deveria ser prioridade absoluta de qualquer governo, continua comprometendo o futuro do país, em razão de sua baixa qualidade em todos os níveis. E a segurança pública prende em casa o cidadão que paga impostos, enquanto a marginalidade age com desenvoltura.

Os desafios são enormes. Tanto para a situação do novo governo Dilma, quanto para a oposição a ele. São desafios enormes e, na maioria, impossíveis de serem enfrentados sem determinação e construção diária da democracia.

É preciso descer do palanque eleitoral. Acabou. Dilma não deve esperar chega janeiro para iniciar seu novo governo. Isso deve ser feito já. A partir de agora.

Deixando de lado os fascistas de direita e de esquerda, o povo deu mais uma demonstração de que parece estar mais preparado para a democracia.

Àqueles que não compreendem o poder da democracia brasileira, só um lembrete quanto a esse imenso país chamado Brasil: AME-O ou DEIXE-O!

João MouraBlog do João Moura

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