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Um dilema

Dinheiro traz mesmo felicidade? Responda rápido

Publicado

Autor/Imagem:
Erickson Rosa

Você com certeza já deve ter ouvido que dinheiro não traz felicidade. E já deve também ter escutado a resposta para essa frase, que é: “Não, ele manda comprar”. Agora, o que você acha? Dinheiro traz ou não felicidade?

Veja, o dinheiro é algo extremamente importante em nossa sociedade. Algo tão necessário quanto oxigênio. Sem o oxigênio, nós simplesmente não podemos sobreviver. Entretanto, não vivemos unicamente por mais e mais oxigênio. Aí está o grande erro de ancorar a felicidade nas coisas que estão fora de si.

Uma pesquisa apresentada no documentário Happy (“Felicidade” em inglês) mostrou que para nossa sociedade a felicidade está pautada em 3 pilares básicos: status, dinheiro e imagem. Status é a posição que ocupa nas profissões da sociedade. Imagem está relacionada à beleza física e a estática, e dinheiro, obviamente, ao quanto você possui em sua conta.

O problema com essa qualificação é que, simplesmente, não funciona. As pessoas passam a vida correndo atrás desses pilares, pois acreditam que a felicidade encontra-se nas coisas, nos bens materiais e nos status alcançados. Se não as alcançam, ficam extremamente frustradas, pois acreditam que se tivessem uma casa maior, mais oportunidades, um corpo ou um carro melhor, seriam mais felizes.

Entretanto, contrariando toda a lógica, segundo a pesquisa realizada, quando alcançam esses pilares, as pessoas não ficam tão felizes quanto esperavam. Na verdade, quando alcançam o que acreditavam trazer a felicidade, depois de um tempo, aquilo acaba perdendo o brilho. Assim, passam a buscar outras coisas e quando se cansam, buscam mais.

Portanto, essa pesquisa descobriu que a felicidade estava em outras coisas: no senso de pertencimento, sentimento de utilidade e fluxo. Senso de pertencimento significa fazer parte de algum grupo de pessoas e estar em conexão com o outro. Já sentimento de utilidade é o servir ao outro, sentir-se útil na ajuda ao próximo. Por fim, mas não menos importante, o fluxo. Esse se refere ao fazer algo que realmente ama e que lhe coloca em um tempo particular. Como se o tempo passasse muito rápido e você pudesse fazer horas daquilo. Esses três pilares também apareciam nas pessoas que eram centenárias, ou seja, aquelas que possuem mais longevidade.

Mas o que isso tudo mostra? Que a felicidade não está nas coisas. Ela é criada a partir do seu interior. Na verdade, reside em seu interior e não pode ser atingida através de carros, casas, iates, viagens, dinheiro e bens materiais.

Veja que se você coloca toda sua expectativa de ser feliz em objetos externos, na falta deles, sua felicidade desmorona. A felicidade está, conforme diz a pesquisa, no ato de nos sentirmos úteis, na significação que damos ao nosso trabalho e de estarmos em conexão com outras pessoas. Isso diz que esse sentimento vem de dentro para fora, e não o contrário. Se você ainda está colocando sua felicidade nas coisas, sugiro que pare, pois as coisas tendem a ter um fim. Se você compra um calçado, na primeira semana achará ele muito interessante e isso produzirá em você um prazer, que confundimos muito com felicidade.

Depois da primeira semana, isso tende a diminuir até desaparecer. Então, lá vamos nós novamente atrás de outro sapato. Será que não está na hora de achar a felicidade em você e não em um shopping? Como diz Thich Nhat Hanh: “Não há caminho para felicidade, a felicidade é o próprio caminho”.

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