Pressão total
Israel ameaça atacar Irã para evitar bomba nuclear
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emDurante a sua visita a Moscou na quinta-feira (9), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, disse a seu homólogo russo Sergei Lavrov que o Irã deve ser impedido de obter armas nucleares.
Durante a coletiva de imprensa após a reunião com Lavrov, o chanceler israelense afirmou que os passos de Teerã no sentido de obter armas nucleares não são apenas um problema israelense, mas sim um problema para o mundo inteiro, sugerindo que “um Irã nuclear levará a uma corrida armamentista no Oriente Médio”, escreve The Times of Israel.
“O mundo precisa impedir o Irã de obter uma capacidade nuclear, independentemente do custo”, declarou Lapid, acrescentando que “se o mundo não o fizer, Israel se reserva o direito de agir“.
Durante sua visita à capital russa, o chefe da diplomacia israelense disse que não haverá estabilidade na Síria e no Oriente Médio em geral “enquanto houver uma ameaça iraniana”, chamando Teerã de “maior exportador mundial de terrorismo”.
Em uma entrevista à Sputnik, Yair Lapid disse que a atual estratégia para o Irã do Ocidente e do grupo de negociadores P5, que reúne os EUA, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha no Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) é ineficaz.
“Não há negociações em Viena, o JCPOA não funciona” e as sanções contra Teerã não são suficientes porque “o Irã está tentando ganhar tempo fingindo que está fazendo alguma coisa, mas na verdade está apenas desenvolvendo seu programa nuclear”, afirmou.
“[…] O Irã está prestes a se tornar um país com armas nucleares e não podemos permitir que isso aconteça. Portanto, parte de qualquer estratégia futura deve ser o mundo, especialmente os EUA, talvez Israel, demonstrarem uma ameaça real ao Irã, para que Teerã compreenda que não pode simplesmente se tornar um Estado nuclear sem uma resposta apropriada”, comentou o ministro.
No final de agosto, o premiê israelense Naftali Bennett afirmou que o país busca formar uma coalizão regional de países árabes para conter a influência do Irã na região.