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Custo alto

Europa tenta acabar com dependência do gás russo

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Bartô Granja, Edição - Foto Divulgação

Os ministros da Energia da Europa decidiram estabelecer um plano que vai reduzir a dependência de gás estrangeiro, um esforço para combater a participação da Rússia neste cobiçado recurso.

O plano é a UE comprar reservas de gás estratégicas comuns, com o objetivo de supostamente “conter” os esforços russos para cortar o fornecimento e alterar os preços.

De acordo com o jornal The Times, a União Europeia discutiu amplamente a escassez global de gás e as variações de preços, que muitos acreditam que provocarão uma crise de energia em toda a Europa durante o inverno.

“Nós vimos um grande aumento dos preços […] Isso é preocupante antes do inverno, quando o consumo de gás necessariamente será maior”, afirmou Dimitri Vergne, chefe da equipe de energia na Organização Europeia de Consumidores.

O gás representa mais de um quinto da matriz energética da União Europeia. A Rússia fornece 41% do gás do bloco europeu.

A demanda por gás aumentou consideravelmente desde o início do ano, levando a que os preços no atacado na Europa aumentassem 250%.

O diretor da Gazprom Rússia, Aleksei Miller, alertou que o preço do gás na Europa tem grande probabilidade de “atingir novos recordes” nos próximos meses.

A redução no volume das exportações de gás natural da Rússia para o norte da Europa é resultado de um rigoroso e prolongado inverno do ano passado.

Em meados de agosto, a Gazprom cortou drasticamente os suprimentos para a UE através do gasoduto Yamal-Europa (através da Polônia e Ucrânia) tendo em conta que o novo gasoduto North Stream 2 (através do mar Báltico) entraria em funcionamento em breve, o que ainda não aconteceu. Isso fez com que muitas instalações de armazenamento de gás na Europa ficassem quase vazias.

Não obstante, a porta-voz do Ministério da Energia da Alemanha, Suzanne Ungrad, afirmou que a Rússia estava cumprindo os acordos de fornecimento existentes e não descartou um contrato de longo prazo.

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