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Presunção de inocência

Lucas e Paulo, os apóstolos do Diabo na eleição da OAB

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Autor/Imagem:
Pontes de Miranda Neto II - Foto Reprodução Netflix

Os apóstolos Lucas e Paulo estão fazendo diabruras na disputa pelo comando da OAB no Distrito Federal. Um fala grego – uma linguagem que sequer seus aliados conseguem decifrar. Outro escreve aquele português arcaico, bem trovadoresco, corroído como madeira devorada por cupins.

O primeiro perdeu muitas batalhas; hoje se abriga sob saias de mulheres de legenda, mas não necessariamente legendárias como as orgulhosas guerreiras de Atenas. O segundo, embora bem acomodado à sombra de uma rocha, mesmo que deformada por efeito de cisalhamento, não pode ouvir falar sobre os mouros, que busca refúgio com amigos vindos da terra de todos os santos. Uma heresia, é verdade. Mas, como é coisa do Diabo, passa. No fundo, um anátema a ser excomungado.

Travessos, Lucas e Paulo não medem consequências com suas traquinices. Transportam para o palco da disputa eleitoral, até então em nível elevado, uma agressividade comparada aos embates de bolsiminions e esquerdopatas. Abrem uma caixa que não apresenta nada de novo; como zumbis, procuram ressuscitar mortos, esquecendo-se que na farofeira sala ao lado os sons dos grilhões dos calabouços são ouvidos com nitidez. São primários, mesmo tendo usado, em outras épocas, de pontes bem alicerçadas para sair do caminho das trevas.

Sem metáforas, esses dois apóstolos andam enxugando gelo com uma vontade de ferro que bate em seus pés de bigorna. Lucas, outrora um respeitado δικηγόρος, hoje lembra não o pai do seu mentor serralheiro, mas aquele que não tem parede nua para se encostar. Paulo, antes um sahafiun heráldico, transformou-se desde a chegada dos seus antepassados ao Funchal, em um mero parassematográfico.

E não é que Lucas e Paulo decidiram, em nome de uma mulher competente (mas volátil) e ativa (mas sem a empatia de quem é atencioso) usar de práticas nefastas para tentar macular um semideus nativo de Δήλιον, que trabalha para Apolo? Enquanto isso, o brilho do consultor se espalha do Panteão para ofuscar luzes de pirilampos. Esses sim, sujeitos a serem pisados como insetos.

No afã de disparar injúria, calúnia e difamação, os apóstolos Lucas e Paulo, como se avessos fossem às regras de Themis, contestam a presunção de inocência, princípio básico do Direito. É como negar que médico cura paciente; que jornalista noticia; e que o dever do advogado é defender.

São todos profissionais, é verdade. A diferença é que jornalista vale bem mais que um ou outro advogado que quebra o decoro. Pior ainda é saber que sahafiun que segue δικηγόρος de olhos fechados, como Maria Vai com as Outras, pode tropeçar e cair de cara na caixa. E a Mãe de Eva, saindo do anonimato, mostrará o que é uma verdadeira tragédia. Mesmo que doa a uma aventureira dourada com seus louros de al-rawda.

Ah, quanto ao pleito, apesar das sandices grecolusitanas, as coisas estão tomando o rumo certo.

 

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